Foi inaugurada nesta segunda (11) a Casa da Mulher Brasileira, no Cambuci, espaço fruto de parceria entre a prefeitura, o governo federal, o governo estadual e empresas privadas. O local oferece serviços para mulheres em situação de violência, e funciona 24 horas por dia. O evento contou com a presença do governador João Doria (PSDB); o prefeito Bruno Covas, que enfrenta um câncer no trato digestivo, apareceu em vídeo.
O espaço deveria ter sido entregue em 2016, e era um projeto do governo de Dilma Roussef (PT). A ministra da Família, Mulheres e Direitos Humanos, Damares Alves, também esteve no local e foi alvo de protestos. O motivo: o grupo Marcha Mundial das Mulheres, um dos movimentos que invadiu o local em 2017, exigindo a abertura do centro, alegou ter sido impedido de entrar na inauguração e fez críticas a empresa que vai gerir o espaço.
Em nota, elas afirmam que a entidade que vai tomar conta do equipamento recebeu uma formação que é “insuficiente para dar conta da complexidade do problema” e pediram a “formação de um Conselho Gestor com participação do movimento de mulheres”.
Segundo a prefeitura, o local conta com a presença de profissionais de diversos órgãos públicos responsáveis por dar assistência, investigar e prevenir crimes contra a mulher. Estão por lá a Delegacia de Defesa da Mulher, o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça de SP e a Guarda Civil Metropolitana.
A Casa oferece um alojamento de acolhimento provisório, em casos em que há ameaças de morte. Conta também com uma Central de Intermediação em Libras, para vítimas com necessidades especiais, e uma brinquedoteca, além de salas para palestras e unidade da Polícia Civil.
A obra contou com recursos públicos e parcerias com empresas privadas e começou em julho de 2018. É o primeiro serviço do tipo no estado.
Casa da Mulher Brasileira. Rua Vieira Ravasco, 26, Cambuci. 24h.