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Sede da Câmara de São Paulo aumenta o consumo de água

Ao todo, 833 espaços mantidos pela prefeitura registraram crescimento na conta entre março e novembro

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h48 - Publicado em 10 fev 2015, 17h17
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    A economia de água que milhares de paulistanos estão fazendo não chegou ao Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal, na região central da capital paulista. Um ranking com os endereços de 3 128 imóveis da prefeitura, incluindo hospitais, escolas, abrigos e gabinetes de secretários, mostra que 833 espaços mantidos pelo governo municipal, entre eles o gabinete do secretário municipal de Educação e o Estádio do Pacaembu, aumentaram o consumo de água entre março e novembro de 2014 – o que representa 26,63% do total de endereços da administração.

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    Desde março do ano passadoa, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) vem comunicando a órgãos da administração direta sobre a necessidade de se economizar água. Por meio de uma ordem interna publicada no dia 14 de janeiro deste ano, Haddad definiu que todos os órgãos da Prefeitura precisam reduzir seu consumo de água em 20%, em relação à média de consumo do período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.

    Na Câmara Municipal, porém, a campanha pela redução de consumo de água foi lançada só no dia 2 de fevereiro pelo atual presidente, Antonio Donato (PT). Entre março e novembro de 2014, os dois hidrômetros do Legislativo, localizados nas Ruas Santo Antônio e Santo Amaro, apontaram aumento no consumo de água em relação à média de captação feita entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.

    No hidrômetro da Rua Santo Amaro, a Câmara chegou a gastar em novembro 196 000 litros de água, enquanto a média de consumo na Casa entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 foi 37 000 litros – cinco vezes menos do que o consumo em novembro de 2014, no auge da seca.

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    Vereadores argumentam que protestos de sem-teto que chegaram a ficar acampados uma semana na Câmara em julho do ano passado, as audiências públicas do Plano Diretor, que reuniram mais de 12 000 pessoas, e obras de reformas nas garagens realizadas no segundo semestre contribuíram para o aumento do consumo. Procurado, o ex-presidente da Legislativo José Américo (PT) não foi localizado para comentar o assunto.

    Demais prédio públicos

    Ao todo, 385 escolas, creches e sedes de diretorias de ensino também aumentaram o consumo de água no período. Mas a maior parte dos endereços da Prefeitura (1 510, ou 48,27% do total) reduziu o consumo em mais de 20%. Outros 785 endereços reduziram o consumo em até 20%, ou 25,10% do total.

    Nunzio Briguglio Filho, secretário municipal de Comunicação, disse que o novo titular da pasta da Educação, Gabriel Chalita, foi orientado desde que assumiu a adotar gradativamente medidas de economia na rede municipal de ensino, onde estão matriculados 919 000 alunos e trabalham 84 000 servidores.

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    “Só não podemos adotar medidas drásticas de redução de água em creches e escolas que atendem crianças com menos de 10 anos. Ninguém vai proibir as crianças de escovarem os dentes”, argumentou Briguglio Filho.

    A ordem interna que Haddad publicou no dia 14 de janeiro não excluiu as escolas e creches de terem de alcançar a meta de redução do consumo de água.

    Os hospitais e prontos-socorros e as unidades da Prefeitura com consumo inferior ou igual a 10 000 litros de água por mês estão excluídos da necessidade de redução de 20%.

    (Com Estadão Conteúdo)

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