Coordenadora de comunicação de uma grande empresa de cosméticos, a cadeirante Katya Hemelrijk da Silva, de 38 anos, precisou se arrastar por uma escada para subir em um avião da Gol na madrugada de segunda-feira (1). O caso aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná, quando ela retornava com o marido para São Paulo, onde moram. Apesar do problema, ela afirma que não processará a companhia aérea. Para ela, o caso que ganhou destaque nas redes sociais deve servir de aprendizado para que situações semelhantes não ocorram novamente.
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Katya tem osteogenisis imperfeita, doença conhecida como ossos de vidro, porque se quebram com facilidade. Quando soube que não havia os equipamentos necessários para que ela pudesse subir na aeronave, a coordenadora preferiu seguir sozinha, com a ajuda das mãos. “De fato é uma situação constrangedora e desnecessária. Por isso, pedi para ser a última a embarcar, assim não teria tanta ‘plateia’ e poderia subir mais tranquila.”
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O caso gerou grande repercussão nas redes sociais. “Minha intenção é aproveitar o ocorrido para tentar ajudá-los a se estruturar melhor, frente às adversidades que podem aparecer em qualquer momento (mesmo porque estamos prestes a receber uma Paraolimpíada)”, escreveu em seu perfil do Facebook.
“O que eu quero é que as pessoas tenham uma consciência e conhecimento maior sobre como lidar com pessoas com necessidades especiais, seja ela qual for. É bem mais simples do que muitos imaginam.”
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Procurada, a companhia afirmou que o equipamento utilizado para levar clientes com deficiência física até o interior de aeronaves da base de Foz de Iguaçu não estava disponível para uso e que ofereceu outras alternativas para Katya, que optou por seguir sem a ajuda dos colaboradores da companhia. “A Gol lamenta o ocorrido e informa que tomará as medidas necessárias para evitar que casos como este voltem a acontecer”, disse em nota.