Com o acirramento da disputa eleitoral, as redes sociais têm sido um dos principais campos de batalha de candidatos e eleitores. Vídeos, acusações e discussões têm povoado as timelines de todos. Nesse contexto, fica difícil não compartilhar ou argumentar uma posição, mas especialistas em recursos humanos alertam que a militância online pode ser prejudicial do ponto de vista profissional.
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Para André Freire, presidente da Odgers Berndtson, que faz recrutamento de executivos, não há uma regra sobre o que pode ou não ser tratado em redes sociais, mas qualquer post ou comentário que envolva política, religião ou sexo deve ser visto com cuidado. “Quanto mais alto você sobe, mais complexo isto se torna. Tudo que você coloca na rede permanece em algum lugar”, diz.
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O bom senso é a principal dica. “Seguimos vários protocolos nas relações pessoais, e na internet deve ser a mesma coisa. Sempre temos de ter essa preocupação”, explica a consultora em tecnologia da Search RH, Manuela Calumby. “Por mais que hoje tenhamos uma vida online, é preciso estabelecer limites. Cada um tem critérios pessoais e deve-se avaliar até onde é interessante se expor.”
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Caso seja imprecindível participar de discussões, Mara Turolla, diretora da Career Center, lembra que há diversos tipos de redes sociais, com formas de restrições e direcionadas a grupos distintos. “Se você estiver em um ambiente só de amigos, pode ser diferente. Mesmo assim, brincadeiras de mau gosto ou atitudes de preconceito e assédio não devem ocorrer. Não tem assunto proibido, tem a forma como se faz.”