O cenário das artes ainda está começando a esquentar na capital. Enquanto galerias e museus preparam sua estreia em 2017, selecionamos novidades que valem a visita nesse início do ano.
8° Salão dos Artistas Sem Galeria
A iniciativa ajuda nomes ainda não representados por espaços comerciais a chamar atenção no mercado da arte. O projeto anual inaugura sua oitava edição com exposição de dez artistas — selecionados entre os quase 200 inscritos de todo o país. Na capital, trabalhos como Landscape (acima), de Lula Lancardi, são apresentados nas galerias Sancovsky, cuja mostra está em cartaz desde a última quinta, e Zipper, que abre suas portas na terça (17/1). A iniciativa também se espalha por galerias em Belo Horizonte, Goiânia e Rio de Janeiro. Até 4/3/2017.
Beleza Americana, no MIS
Roupas de banho espalhafatosas, batons e unhas ultracoloridos e poses ostensivas estão estampados em todas as fotografias de Paula Clerman. Assim como o renomado Martin Parr, britânico que ganhou grande individual no MIS no ano passado (a foto acima faz referência literal a um de seus cliques), a paulistana escolheu as praias como cenário para seu ensaio quase kitsch. Intitulada Beleza Americana, a série foi feita na costa sul dos Estados Unidos. Onde prevalecem os padrões de beleza de Hollywood, Paula usa cores exageradas para enfatizar sua ironia e questionar quão difícil é adaptar modelos à vida real. Até 29/1/2017.
Paisagens Invisíveis, no Mube
Não há nada para ver em Paisagens Invisíveis — apenas para ouvir. A mostra é composta de treze trilhas sonoras, criadas por artistas como Lenora de Barros, Detanico Lain e Chel pa Ferro. No prédio vazio, feixes de luz conduzem o visitante. O público é convidado, então, a usar a criatividade. Barulhos da natureza, monólogos e até sons de tiro estimulam a imaginação dos visitantes. Até 29/1/2017.
Hallstatt, no Galpão Fortes D’Aloia & Gabriel
Título da mostra no Galpão Fortes D’Aloia & Gabriel, Hallstatt é também o nome de um vilarejo na Áustria. Sua exuberância foi copiada pelos chineses, que fizeram uma réplica da cidade em seu país. O conceito de duplicidade é o gancho para a coletiva, explorado na obra de treze artistas, a exemplo de Amazons (Painting IV), de Alexandre da Cunha. Até 10/2/2017.