Letras como Trem das Onze, Iracema e Saudosa Maloca podem ser consideradas patrimônio cultural imaterial da cidade de São Paulo – assim como toda a obra do sambista Adoniran Barbosa, que imortalizou em suas canções crônicas e personagens típicos da capital paulista dos anos 50.
+ 9 lugares de São Paulo que são a cara de Adoniran Barbosa
O projeto de lei, proposto pelo vereador Toninho Paiva (PR), foi aprovado pela Câmara Municipal no último dia 21 e aguarda sanção do prefeito Fernando Haddad para ser registrado no Departamento do Patrimônio Histórico.
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, que declara patrimônios culturais imateriais desde 2012, o reconhecimento é equivalente a um selo de garantia, uma prova de que aquela prática cultural é típica. Diferentemente dos imóveis que são tombados pelo patrimônio histórico, explica a secretaria, não existe uma ação concreta de proteção, mas um reconhecimento do valor histórico.
Antes das canções de Adoniran, outras quatro práticas culturais já tinham sido reconhecidas como patrimônios essenciais para a história da cidade:
Casa Godinho
Conhecida também como Mercearia Godinho, abriu as portas em 1888 e funciona na Rua Líbero Badaró desde 1924. É considerada bem imaterial por causa da conservação do ambiente e dos tipos de produtos comercializados, os mesmos do século passado.
Samba paulistano
O gênero musical foi declarado patrimônio cultural imaterial de São Paulo em 2013. Na época, bares, casas de show e teatros abriram as portas com uma programação especial para celebrar o samba da capital paulista – e Adoniran Barbosa foi um dos artistas mais homenageados.
Conjunto de grupos de teatro
Em 2014, o Departamento do Patrimônio Histórico reconheceu, de uma só vez, a atuação de 22 grupos de teatro como essenciais para a cultura paulistana. Na lista estão as companhias Club Noir, Os Satyros e Teatro do Incêndio.
Samba rock
O gênero musical surgiu na década de 50 e ganhou espaço nos bailes de salão da Zona Norte da capital. Entrou para a lista este ano.