Como se não bastasse o aumento dos casos de torneiras secas em determinadas regiões da capital por períodos do dia e o receio de que a crise de abastecimento possa se ampliar nas próximas semanas, os paulistanos também estão notando um gosto diferente na água que tomam em casa ou no trabalho.
Muitos reclamam que o sabor “piorou” nos últimos tempos e levantam a hipótese de que o líquido esteja impróprio para o consumo. Na primeira afirmação, isso pode ser verdade, rebatendo a antiga máxima escolar de que “a água é insípida, inodora e incolor”.
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A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) reconhece que as variações de gosto, cor e odor são comuns por causa das características naturais dos mananciais. Cada um deles possui níveis diferentes de sais e elementos químicos diluídos, que interferem no aspecto e no paladar.
Ocorre que, com a crise hídrica, algumas regiões da capital passaram a ser abastecidas por outros sistemas produtores, com o objetivo de ajudar na preservação das represas em situação mais crítica. Ou seja, quem bebia a água do Cantareira, agora pode estar consumindo a do Guarapiranga. Viria daí a estranheza com o “sabor novo”.
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A Sabesp garante que, a despeito dessas variações, a água distribuída é potável. São realizadas análises regulares, tanto na captação, quanto nos pontos de consumo, em dezesseis centrais de controle sanitário na região metropolitana.
A companhia também mantém uma curiosa equipe de “degustadores”, que prova o líquido de diferentes estações de tratamento para detectar anormalidades de sabor, aroma e densidade.