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Covid-19: com recorde de internações, São Paulo vai endurecer quarentena

Comitê de saúde do governo estadual afirma que a análise do momento atual pode levar a "recomendações extraordinárias”; cidades já anunciaram restrições

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 fev 2021, 17h08 - Publicado em 22 fev 2021, 17h07
Imagem mostra UTI do Hospital das Clínicas, onde um paciente está deitado na maca e um grupo de profissionais da saúde trocam informações
Afastamentos de servidores da Saúde: quase 300 dispensas em um dia (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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De acordo com dados da Secretaria estadual da Saúde, São Paulo registrou nesta segunda-feira (22) o maior número de pacientes com Covid-19 internados em UTI desde de julho de 2020. 

Ao todo, são 6 410 pacientes com a doença, número inferior apenas ao dia 5 de julho de 2020, quando 6 416 pessoas estavam internadas. No entanto, a Secretaria de Saúde afirma que o registro do último ano está incorreto e que o número de pacientes internados hoje é o recorde negativo estadual. 

Segundo o comitê de saúde do governo, o crescimento de internações está relacionado a um período maior de permanência dos infectados, o que pode sugerir uma possível maior gravidade da Covid-19 em São Paulo. 

Coordenador-executivo do comitê de saúde do governo, João Gabbardo afirmou que novas recomendações de restrições foram apresentadas à gestão estadual. Segundo ele, a análise do momento atual pode levar a “recomendações extraordinárias”, indo além das restrições previstas no Plano São Paulo. As medidas vão ser anunciadas na próxima quarta-feira (24) para começarem a valer na sexta-feira (26).

“São recomendações que vão tratar da redução da mobilidade, redução da movimentação das pessoas, e que é o que a gente pode fazer neste momento para reduzir essa taxa de transmissibilidade”, disse Gabbardo sobre as medidas.  

Algumas cidades já se anteciparam e anunciaram medidas mais restritivas. Veja abaixo:

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Fase vermelha em Campinas

A prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, anunciou que a cidade adotará as regras da Fase Vermelha, a mais restritiva do Plano SP, a partir de terça-feira (23). A medida irá valer entre 21h e 5h. Assim, apenas atividades essenciais poderão funcionar nesses horários até o dia 1º de março.

Dário Saadi (Republicanos), prefeito de Campinas, disse que haverá aumento de fiscalização com a intenção de proibir aglomerações. “A gente pede que a população não aglomere, em bares, chácaras, quintais de casas, festas. Campinas tem milhares de estabelecimentos. É uma situação em que é preciso contar também com a população”, disse o prefeito.

Não haverá tolerância de 1h para o encerramento de bares e restaurantes. Assim, os serviços devem encerrar o atendimento no horário estabelecido.

Segundo a administração municipal, há uma projeção de que até 6% dos infectados sejam internados até o fim de fevereiro. Em janeiro, o número era de 4%. Além disso, há cada vez mais moradores jovens sendo atendidos por conta da Covid-19

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A rede pública alcançou no domingo (21) a lotação máxima nos leitos de UTI Covid. Quem necessita de internação precisa esperar transferência pela Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) do estado. Nesta segunda (22), a cidade tem mais de 500 pessoas internadas em UTIs e enfermarias, disse Lair Zambon, secretário de Saúde. 

Toque de recolher e suspensão das aulas

A cidade de São Bernardo do Campo terá toque de recolher entre 22h e 5h já a partir deste sábado (27) por causa do aumento do número de mortes por Covid-19. O anúncio foi feita nesta segunda-feira (22) pela prefeitura.

O retorno às aulas presenciais, que aconteceria no dia 1º de março, também foi adiado pela administração municipal. “A decisão se baseou no aumento da ocupação dos leitos de UTI na rede municipal, além do avanço da média móvel de óbitos”, diz em nota.

Leia o comunicado da gestão municipal:

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“A Prefeitura de São Bernardo comunica que, por decisão do Comitê de Combate ao Coronavírus, está suspenso o retorno das aulas presenciais na rede pública de ensino (municipal e estadual), antes previsto para o próximo dia 1º de março. A decisão se baseou no aumento da ocupação dos leitos de UTI na rede municipal, além do avanço da média móvel de óbitos. A nova previsão de retorno é dia 15 de março. Com a decisão, também ficam suspensas as reuniões com pais e entrega de materiais e uniformes escolares que seriam realizadas nesta semana. As aulas da rede particular de ensino também estarão suspensas a partir do dia 1º de março. Como medida emergencial para contenção do avanço da doença, haverá toque de recolher na cidade entre as 22h e às 5h, a partir deste sábado (27/02).”

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