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João Gabbardo prevê recorde de mortes em ‘alta escala’ nesta terça

Coordenador do Centro de Contingência pede que Marcelo Queiroga não se posicione contra lockdown; São Paulo bateu marca de 600 mortes por Covid

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 mar 2021, 14h44 - Publicado em 16 mar 2021, 14h41
Dezenas de covas abertas no Cemitério da Vila Formosa, zona leste da cidade, vistas de cima.
Dezenas de covas abertas no Cemitério da Vila Formosa, zona leste da cidade (André Penner/AP/Reprodução)
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João Gabbardo, médico e coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, criticou o novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, em sua conta no Twitter na manhã desta terça-feira (16), e também previu recorde em ‘alta escala’ no Brasil para os números da Covid-19. 

Queiroga assume a pasta deixada por Pazuello. Gabbardo repudiou as falas em que o novo ministro descarta a possibilidade de lockdown no país. Queiroga também disse que ‘ministro da saúde executa a política de governo’. “Quando assumir vai se deparar com os piores números da pandemia. Recorde de óbitos hoje será em alta escala”, disse o médico do Centro de Contingência de SP.

A crítica vem após o estado de São Paulo ultrapassar a marca das 600 mortes diárias por Covid-19 e bater recorde. Nas últimas 24 horas, foram registrados 679 óbitos por causa da doença. Os números recordistas em âmbito nacional que Gabbardo projeta sairão nesta terça ao final do dia e SP deve continuar com registros altos de mortes.

O recorde anterior tinha sido na sexta (12), com 521 mortes. A escalada de casos tem sido rápida: os óbitos diários ficavam abaixo dos 400 no mês passado e de uma semana para a outra essa estatística saltou 28,2% em São Paulo. A taxa atual de ocupação de UTIs no estado é de 89%. Na região metropolitana, ela chega a 90%.

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Nesta segunda (15), o estado entrou em uma fase emergencial mais restritiva, mas o governador João Doria não descarta a possibilidade de medidas ainda mais severas para conter o avanço do coronavírus e diminuir as taxas de ocupação nos hospitais caso a fase atual não surta o efeito esperado.

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