Relações Públicas busca dose adicional, mas sistema diz que ela já havia recebido vacina
Caso aconteceu na cidade de São Paulo; após contato da reportagem, prefeitura corrigiu problema
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo lançou de forma errada em seu sistema que uma moradora da capital tomou a dose adicional sem tê-lo feito. Após o contato da reportagem, a informação no sistema foi alterada.
A informação lançada de forma errada impediu que a relações públicas Maria Fernanda Braga Fonseca tomasse a dose de reforço nesta quarta-feira (15).
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Ela conta que foi até o posto de vacinação montado na UBS (Unidade Básica de Saúde) Doutor José de Barros Magaldi, no Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo, porém foi barrada por uma atendente.
“Mostrei meu RG, minha carteirinha de vacinação e me disseram que eu tomei a vacina na Boracea [UBS], o que não aconteceu”, diz.
Ela afirma que tentou argumentar e as atendentes disseram que ela só poderia resolver o problema na Boracea, distante mais de 10 quilômetros dali.
Na anotação feita de forma indevida consta a data, o lote, a marca, nome e registro do profissional que teria aplicado a vacina.
“Fui penalizada duas vezes. A primeira por não conseguir tomar uma dose que tenho direito, e, a segunda, por ter que gastar com transporte para ir até um local resolver um problema que não criei”, afirma.
“Desculpa aí”
A relações públicas disse que de fato foi até a UBS Boracea no dia 6 deste mês só que saiu de lá sem tomar a vacina. Ela estava na fila e chegou a entregar os seus dados para uma atendente que a abordou com um tablet. Após entregar os seus dados, ela permaneceu na fila aguardando a sua vez de ser chamada para tomar a injeção.
Antes que isso ocorresse, porém, o filho dela ligou dizendo que um cano do apartamento havia estourado e a casa estava toda alagada. “Óbvio que sai correndo. Peguei um táxi e não falei nada para o pessoal da UBS”, diz.
Ela diz que só teve tempo de ir nesta quarta-feira (15) tomar a dose adicional, e, como estava na região do Itaim Bibi, foi até lá procurar pelo imunizante.
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“A moça veio com um tablet e eu não assinei nada. Como alguém que está apenas fazendo a triagem pode inserir no sistema que eu recebi a vacina, colocar os dados até do lote e da pessoa que vacinou sendo que eu não recebi a dose?”, questiona.
A reportagem de VEJA São Paulo entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde na noite desta quarta-feira (15) para saber o que havia ocorrido.
Maria Fernanda conta que na manhã desta quinta-feira uma profissional da secretaria ligou diretamente para ela dizendo que tiveram um problema, sem especificar qual, e que a relações públicas poderia ir em qualquer unidade de saúde para tomar a vacina.
Além disso, o sistema foi alterado e os dados que haviam sido inseridos, apagados.
Em nota enviada no início da tarde desta quinta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde informou lamentar o ocorrido e que os dados inseridos de forma errada já haviam sido excluídos do sistema VaciVida, em que são registradas as doses aplicadas pelas unidades vacinadoras.