Morre o ícone do samba Nelson Sargento, aos 96 anos
Presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, ele testou positivo para a Covid-19 na sexta (21), quando foi internado
O sambista Nelson Sargento, presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, morreu nesta quinta-feira (27) aos 96 anos. Ele testou positivo para Covid-19 na sexta e foi internado no Inca (Instituto Nacional de Câncer). Nelson havia recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19. Além da idade avançada, o compositor também enfrentou um câncer anos atrás.
Uma das últimas aparições em público do compositor foi em foi em 12 de fevereiro, no Museu do Samba. Na ocasião, houve um ato simbólico em defesa do carnaval, que foi cancelado por causa da pandemia.
“Todos nós estamos um pouquinho tristes por não ter desfile, mas foi melhor assim. Temos que estar todos vacinados para fazermos um grande carnaval em 2022”, disse o compositor na ocasião.
Importantíssimo nome do samba, Nelson nasceu em 25 de julho de 1924 no Rio de Janeiro. Começou na música ainda adolescente, mas foi só aos 31 anos que uma composição sua estourou. Compôs canções inesquecíveis, como ‘Agoniza, Mas Não Morre’, ‘Cântico à Natureza’ e ‘Falso Amor Sincero’.
Também atuou no cinema em filmes como “O Primeiro Dia”, de Walter Salles e Daniela Thomas, “Orfeu”, de Cacá Diegues, e “Nélson Sargento da Mangueira”, de Estêvão Pantoja, com o qual ganhou um prêmio Kikito no Festival de Gramado pela melhor trilha sonora entre os filmes de curta metragem.