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Médicos paulistas trabalham mais de 50 horas semanais, diz pesquisa

Dados fazem parte de levantamento da Associação Paulista de Medicina

Por Agência Brasil
18 out 2022, 20h46
Leitos em hospital Nilton Lins
 (Ministério da Saúde/Creative Commons)
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A maioria dos médicos paulistas atua com vínculo empregatício de pessoa jurídica e trabalha mais de 50 horas semanais. Esses dados estão na pesquisa A Saúde do Médico, divulgada hoje (18) pela Associação Paulista de Medicina (APM).

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O levantamento, feito com 778 profissionais, aponta ainda que 27% não praticam atividade física, um percentual que é quase o dobro da média nacional, de acordo com a Pesquisa Vigitel de 2021, inquérito telefônico feito pelo Ministério da Saúde. Também se destaca o percentual (18,25%) dos que disseram ter histórico de doença psiquiátrica.

A pesquisa foi feita por meio da ferramenta online Survey Monkey entre os dias 19 e 29 de agosto deste ano. Dos respondentes, 53,2% são homens e 46,8%, mulheres. A margem de erro do levantamento é de 4 pontos percentuais.

Mais da metade dos pesquisados (53%) são da capital paulista, 39% são do interior e 8% são de outros estados. Cerca de 35% dos respondentes têm mais de 30 anos de profissão. As três especialidades mais comuns foram pediatria (10,54%), clínica médica (9,9%) e ginecologia e obstetrícia (7,2%).

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Em relação à carga horária, 25% disseram que as jornadas semanais chegam a 50 horas e 24,29% afirmaram que o limite, muitas vezes, ultrapassa 60 horas. O deslocamento para o trabalho também é um ponto de desgaste. Um a cada três profissionais gasta até duas horas ou três horas por dia. Cerca de metade percorre até dez quilômetros por dia, mas a outra metade chega a percorrer de 20 a mais de 50 quilômetros no dia a dia.

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A covid-19 atingiu 68,63% da categoria em São Paulo. Cerca de 28% disseram não ter contraído a doença nenhuma vez e 2,96% afirmaram não saber. Eles também enfrentam sintomas da covid-19 longa, como perda de memória, ansiedade, insônia, dores musculares e queda de cabelo, entre outros. A vacina, por sua vez, alcançou nove em cada dez profissionais, sendo que 58,61% tomaram quatro doses e 33,29% tomaram três. Dos profissionais que responderam ao questionário, 95% dizem não fumar, e 77,76% nunca fumaram.

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Sobre o uso de medicamentos, 30% dos médicos consomem tranquilizantes, ansiolíticos e antidepressivos. Questionados, em uma questão de múltipla escolha, sobre doenças que têm ou tiveram no último ano, 44,09% apontaram distúrbios de sono, 29,95% cefaleia, 21,72% distúrbios psicológicos e 11,05% disfunções sexuais.

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