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Bolsonaro diz que não irá se vacinar contra a Covid e contraria a ciência

Presidente disse que tem anticorpos porque já teve a doença, mas especialistas refutam argumento

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 out 2021, 12h44
Imagem mostra Bolsonaro usando terno na frente da bandeira do Brasil e atrás de microfone
O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia. (Marcelo Camargo/ Agência Brasil/Divulgação)
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Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, disse que decidiu não se vacinar contra a Covid-19, doença que já matou 600 000 brasileiros. A declaração aconteceu em entrevista na noite de terça-feira (12) à rádio Jovem Pan.

“No tocante à vacina, eu decidi não tomar mais a vacina. Eu estou vendo novos estudos, eu estou com o meu, a minha imunização está lá em cima, IGG está 991. Para que eu vou tomar uma vacina? Seria a mesma coisa que você jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí”, disse o presidente à rádio.

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Mas especialistas da saúde recomendam fortemente que mesmo quem já teve Covid-19 tome a vacina. “É verdade que, após a infecção de verdade, nosso corpo tende a gerar anticorpos e outros mecanismos de defesa. No entanto, nem sempre se cria a chamada ‘memória imunológica’, que é a capacidade de reconhecer uma segunda invasão e impedir seus estragos. Além disso, o surgimento das variantes parece aumentar o risco de reinfecção”, descreve reportagem de VEJA Saúde.

Também não se sabe por quanto tempo um organismo que já sofreu com a Covid-19 manteria as defesas naturais contra o vírus. Um dos estudos mais recentes, publicado no periódico científico Nature, indica que os anticorpos continuam circulando por pelo menos cerca de seis a oito meses.

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Todas as vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reduzem o risco de sofrer com a Covid-19, e não trazem efeitos colaterais adicionais entre indivíduos que manifestaram a enfermidade anteriormente.

A imunização da população também garante que toda a comunidade esteja protegida, restringindo a circulação do vírus. De acordo com a ciência, uma vacinação efetiva deve contar com mais de 80% de adesão popular.

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