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Academias dão cursos de pole dance para homens

Dança no poste está deixando de ser apenas um exercício de sedução para ganhar status de esporte

Por Ricky Hiraoka
Atualizado em 5 dez 2016, 17h37 - Publicado em 18 nov 2011, 16h11
A professora Alessandra e seu aluno Rodrigo: músculos definidos de forma lúdica
A professora Alessandra e seu aluno Rodrigo: músculos definidos de forma lúdica (Fernando Moraes/)
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Esqueça aquela famosa cena do filme “Striptease” em que Demi Moore, despida de roupas e pudores, leva homens à loucura fazendo acrobacias agarrada a uma barra de ferro. A pole dance (ou dança do poste, numa tradução livre) está deixando de ser apenas um exercício de sedução para ganhar status de esporte. Segundo os profissionais da área, essa atividade física é muito completa por trabalhar grupos musculares diferentes: braços, pernas, costas e abdômen. Nos últimos tempos, as escolas especializadas em cursos do tipo na cidade, que costumavam atrair apenas mulheres, começaram a receber público masculino em suas aulas.

As portas para eles estão abertas na Vertical Fit, no bairro da Saúde, e em vários outros endereços na capital. “A galera se empolga quando vê o resultado rápido da malhação”, diz Mari Silva, instrutora e proprietária da academia. “Em apenas três meses já dá para sentir os primeiros resultados.” No grupo que se dedica à modalidade no local, há sete homens, o equivalente a quase 10% da turma. Um dos pupilos é o fisioterapeuta Alberto Ko. “Queimei boa parte da minha barriga nos últimos meses”, conta ele, que está tentando convencer os amigos a embarcar na mesma onda. “Está um pouco difícil, pois muita gente ainda acha que isso é uma coisa feminina.”

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Em geral, uma aula dura uma hora e custa entre 120 e 180 reais. O praticante gasta cerca de 450 calorias por sessão, o que equivale a uma caminhada de sessenta minutos na esteira. Antes de iniciarem as séries na barra, os aprendizes simulam os movimentos. Somente após essa introdução começam a executar as tarefas mais pesadas. “Todo o cuidado é pouco para evitar contusões”, afirma Alessandra Telles, dona da Escola Internacional de Pole Dance (EIPD), na Vila Mariana. Alguns endereços criaram módulos sob medida para gente que não está acostumada a fazer atividades físicas. “Até os mais sedentários podem tentar”, jura Alessandra. A prática só é vetada para pessoas com labirintite e histórico de problemas na coluna. Um dos alunos da EIPD, o administrador de empresa Rodrigo Leme chegou à escola há três meses com o objetivo de definir ainda mais os músculos do corpo. “Puxo ferro há dez anos e estava cansado disso”, diz. “Encontrei aqui uma atividade mais lúdica, sem falar que fico cercado de mulheres.”

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O negócio está ficando tão sério na metrópole que começa a ganhar corpo um circuito de competições. Em agosto, ocorreu o I Campeonato Paulista de Pole Dance. O vencedor da modalidade masculina foi Renato Siqueira, que treina na Escola de Pole Dance Renata Wilke, na Vila Madalena. No exterior, a modalidade é bastante difundida nos Estados Unidos e em vários países europeus. Um dos maiorais do circuito da Alemanha é Carlos França, um brasileiro de 31 anos. Ele está de passagem por aqui para ministrar workshops do esporte em vários locais da cidade. “Mostro para a galera que é preciso ser muito macho para se segurar no alto de uma barra de ferro”, brinca.

Exercício diferente

As características da nova modalidade

Duração de aula: uma hora

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Consumo de energia: 450 calorias em média, o que equivale a caminhada de uma hora em ritmo rápido na esteira

Músculos que trabalha: no nível básico, abdômen (que sustenta o corpo nos giros), costas e braços (bíceps e tríceps); no estágio mais avançado, o aluno começa a exercitar também os músculos da perna, já que passa a fazer os primeiros movimentos para subir e se sustentar na barra e nas inversões

Outros benefícios: melhora da flexibilidade e da postura corporal

Restrições: pessoas que sofrem de labirintite e de problemas na coluna devem procurar o médico antes de se inscrever nas aulas

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