Pati Amoroso, a revelação do musical “Mamma Mia!”
Com apenas 20 anos de idade, atriz arranca aplausos cada vez que surge nos palcos
A tinta rosa-choque ainda está fresca nas paredes, quando a atriz Pati Amoroso entra no camarim e dispara um gritinho agudo: “Assim ficou a minha cara”. Ali, de quinta a domingo, ela faz a maquiagem em tons pastel e se transforma em Sophie Sheridan, protagonista do musical Mamma Mia!, seu segundo trabalho profissional, franqueado do espetáculo da Broadway. Em cartaz no Teatro Abril desde novembro do ano passado, a peça, baseada em músicas do grupo sueco Abba, autor de hits como “Dancing Queen”, foi vista por cerca de 100.000 pessoas e deverá seguir em cartaz até novembro próximo. Apesar de o elenco contar com estrelas como Kiara Sasso e Saulo Vasconcelos, é Pati quem arranca mais aplausos cada vez que surge em cena de tranças nos cabelos e com o figurino riponga de sua personagem. “Ela nunca está satisfeita e quer se aprimorar cada vez mais”, afirma o diretor Floriano Nogueira. Pati fica envaidecida pelos elogios, mas diz que ainda não teve tempo de curtir a repercussão do trabalho. “Minha agenda está uma loucura e não tenho tempo sequer de namorar. Estou casada com o trabalho.”
Para fazer o papel de Sophie, ela encara seis horas diárias de ensaios e, semanalmente, catorze horas de aula de dança e quatro de aula de canto para educar a voz doce, fora as seis apresentações de pouco mais de duas horas cada uma. Antes, a atriz havia interpretado um dos seis cães de “Bark, um Latido Musical!”, espetáculo que ficou em cartaz na cidade no ano passado. Os produtores de “Mamma Mia!” gostaram da atuação e a convidaram para participar do processo de seleção do elenco. Ela foi uma das dez escolhidas entre um total de 3.000 candidatos. “Achava que não tinha a menor chance, pois estava competindo com gente mais experiente”, conta. Natural de Campinas, Pati se mudou ainda recém-nascida com a família para Nova York. Durante a infância, frequentou aulas de canto, jazz, sapateado, balé e interpretação. De volta ao Brasil em 2001, passou a viver em São Paulo, onde tomou gosto pela profissão atuando no teatro amador. Agora, aos 20 anos, com o sucesso do musical, começa a planejar os próximos passos. Em seu caderno de anotações, coleciona ideias que pretende transformar em uma peça de teatro. “Também quero dirigir e atuar em papéis dramáticos”, diz.