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Escritórios coletivos são nova opção para trabalhadores

Aluguel de espaço varia de 49 a 599 reais por mês e ainda há telefone, internet, cozinha e salas de reuniões

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 18h46 - Publicado em 28 Maio 2010, 22h43
Escritórios coletivos - Associação Cultural Cecília - 2167
Escritórios coletivos - Associação Cultural Cecília - 2167 (Helena Rios/)
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Depois de uma década trabalhando como funcionária, a advogada Vanessa Alvares, de 32 anos, especialista em direito empresarial, decidiu que estava na hora de seguir por conta própria. Há nove meses, tomou coragem e começou a dar expediente em casa: resolvia os problemas por telefone, mandava e-mails e marcava reuniões nas empresas dos clientes. A experiência do home office não durou muito. “Tenho dois filhos pequenos”, conta. “Para eles, era difícil entender que a mamãe estava trabalhando.” Não raro, a leitura de processos era interrompida por um pedido de ajuda na lição de casa. Vanessa, então, mudou de ares. Hoje, ela aluga uma mesa num imóvel de 100 metros quadrados na Rua Fradique Coutinho, em Pinheiros, no qual divide espaço com designers, jornalistas, arquitetos, experts em tecnologia… Trata-se do Pto. de Contato, escritório coletivo aberto pela publicitária paulistana Fernanda Nudelman Trugilho em outubro de 2008. Lá, jovens empreendedores, profissionais autônomos e pequenas empresas têm disponíveis acesso à internet, telefone, impressora, cozinha e sala de reuniões. Não precisam se preocupar com a faxina, com as contas e com a burocracia de manter um escritório.

O aluguel varia de 49 a 599 reais mensais, dependendo do número de horas contratadas. Fernanda investiu 80 000 reais no negócio e já planeja mudar de endereço para aumentar a capacidade atual de 23 pessoas. Pretende ainda criar uma rede de franquias. Batizado de co-working, o conceito tem como objetivo formar redes de contato entre profissionais de diversas áreas. “Aglutinamos talentos que muitas vezes acabam trabalhando juntos”, afirma o diretor de criação Cristian Resende, um dos sócios do Cartel 011, em Pinheiros, que abriga doze empresas.  

Helena Rios

Associação Cultural Cecília: 60 reais a hora

Para fazer parte do Cartel, há um pré-requisito: desenvolver algum tipo de projeto relacionado ao mercado jovem. Uma espécie de processo seletivo também ocorre no The Hub São Paulo, na Consolação. A rede de escritórios colaborativos, fundada cinco anos atrás em Londres, exige que seus participantes tenham algum tipo de comprometimento com temas ligados “à sustentabilidade ou à transformação social”. Já a Associação Cultural Cecília, aberta há um ano, funciona em esquema mais informal. Por 250 reais mensais, pode-se alugar um espaço no 1º andar da casa, situada em Santa Cecília, independentemente do tipo de trabalho realizado. Se a ideia é aproveitar apenas a sala de reuniões, sem problemas — cobram-se 60 reais por hora de uso. De tradicional, os escritórios dos novos tempos têm apenas o cafezinho.

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