Sites para quem quer dar ou conseguir uma carona
Além de ecologicamente correta, opção também pode render economia aos adeptos
São Paulo ganha, em média, 350 novos automóveis todos os dias. Somados aos quase sete milhões que já trafegam pelas vias, agravam ainda mais o problema de locomoção na metrópole. Curioso é notar que, ainda assim, muitos deles tomam as ruas ocupados apenas por uma única pessoa — é o caso de 64% dos automóveis particulares da cidade, segundo dados da CET.
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Como pedir carona no meio da rua só surte efeito em filme, um movimento criado virtualmente quer equacionar o problema de outra maneira. “Não faz sentido saber que você tem um carro e vai para o mesmo lugar que outras pessoas e, mesmo assim, cada um seguir em seu próprio veículo”, argumenta o corretor de seguros Emmanuel Armagnat, adepto do compartilhamento de automóveis.
Para o economista Marcos Silvestre, “a carona tem inegáveis vantagens, inclusive financeiras”. Ele aponta que os principais benefícios são as economias com combustível, multas, pequenas batidas e potenciais danos causados a carros estacionados nas ruas. Além disso, o revezamento também contribui para o atraso no desgaste natural dos veículos.
Entre as alternativas disponíveis na rede, há desde sites fechados, apenas para grupos de funcionários de empresas credenciadas, até opções para quem vai viajar para outras cidades e estados. “O objetivo paralelo é levar também quem está no transporte coletivo”, explica o empresário Marcio Nigro, um dos criadores do site Caronetas.
Veja abaixo como funcionam cinco iniciativas:
Um mapa interativo mostra de onde saem e para onde vão as caronas. São mais de 11.000 usuários cadastrados em todo o país — o que permite que as caronas sejam tanto dentro da cidade, como para outros lugares.
A ferramenta permite ao usuário adicionar seu destino e pesquisar caronas oferecidas, além de compartilhar viagens com outros membros. O site possui, ainda, uma seção corporativa na qual é possível conseguir até carona de helicóptero — naturalmente que, neste caso, é preciso ter um helicóptero também.
O lema do site é que em cada carro cabem ao menos quatro passageiros. É preciso se cadastrar para ter acesso aos mapas e às comunidades de caronistas (quem dá carona) ou caroneiros (quem pega carona) da cidade.
Reúne cerca de 11.000 pessoas interessadas na troca de caronas corporativas. O cadastro é feito apenas por meio de empresas e seus funcionários. Um novo serviço pretende possibilitar o compartilhamento de veículos também na ida a shows e eventos.
Criado por estudantes da Unicamp, o serviço é voltado exclusivamente a universitários e já conta com a adesão de nove instituições nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Para usar a ferramenta é preciso ter o e-mail de aluno de uma das universidades participantes.
Dicas para caroneiros e caronistas de primeira viagem:
■ Combine antes o itinerário e o trajeto da viagem, assim como pontos de embarque e desembarque.
■ Marque um horário e determine a tolerância máxima de atraso.
■ Despesas com combustíveis, estacionamento e pedágio devem ser divididas entre motorista e passageiro, a menos que isso seja previamente combinado de outra forma.
■ Verifique se a manutenção de seu automóvel está em dia.
■ Estabeleça algumas regras para evitar desentendimentos, como ouvir música, comer ou fumar no interior do veículo, por exemplo.