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Paternidade tardia aumenta longevidade de filhos e netos, diz pesquisa

De acordo com novo estudo, filhos de pais mais velhos herdam estrutura do DNA mais longa, o que está associado ao atraso do envelhecimento

Por VEJA.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 16h58 - Publicado em 11 ago 2012, 00h51

A descendência de pais e avós que tiveram seus filhos com idades avançadas poderia resultar em benefícios genéticos que ampliariam a longevidade, aponta um novo estudo feito na Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, esse processo genético representa uma adaptação evolutiva que provocaria o alargamento dos telômeros, estrutura encontrada nos extremos dos cromossomos, responsável pelo envelhecimento.

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“Se o seu pai e avô foram capazes de viver e reproduzir-se em idades tardias, isto poderia indicar que você poderia viver em um ambiente similar”, diz Dan Eisenberg, coordenador do estudo.

Vários estudos anteriores já haviam demonstrado uma relação entre os telômeros mais curtos que resultam em doenças provocadas pela idade e os telômeros mais longos, que atrasam o envelhecimento, recordam os autores da pesquisa, que foi publicada no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

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De acordo com os pesquisadores, os homens que retardam a reprodução transmitem aos filhos e netos telômeros mais longos que poderiam fazê-los viver mais tempo e permitiriam dar prosseguimento à reprodução com idades mais avançadas, segundo o estudo.

Nesse estudo, os cientistas mediram o comprimento dos telômeros de DNA a partir de amostras de sangue de 1.779 jovens adultos e suas mães. Eles também levaram em consideração as idades de pais e avôs. Os resultados mostraram que o tamanho dos telômeros aumentava não apenas em função da idade do pai, mas também do avô.

De todas as formas, o coautor do estudo Christopher Kuzawa destacou que são necessárias mais análises para determinar se os telômeros mais longos herdados reduziriam os problemas de saúde que a velhice acarreta.

Saiba mais:

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TELÔMEROS

São as ‘tampas’ das extremidades do cromossomo, uma forma de proteção similar à presente nas pontas de um cadarço de tênis. Sempre que um cromossomo é replicado para a divisão celular, os telômeros encurtam. Esse encurtamento tem sido visto por diversos cientistas como um marcador biológico do envelhecimento, o relógio que marca a duração da vida de uma pessoa e sua condição de saúde.

(Com agência France-Presse)

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