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Santa Casa de São Paulo suspende atendimento de emergência

Com dívida de 50 milhões, entidade diz não poder mais comprar remédios e equipamentos. "Achavam que eu estava blefando", diz Kalil da Rocha Abdalla

Por Redação VEJA SÃOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 14h15 - Publicado em 22 jul 2014, 20h49
Kalil Rocha Abdalla por Mario Rodrigues
Kalil Rocha Abdalla por Mario Rodrigues (Mario Rodrigues/)
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A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no bairro de Santa Cecília (Centro), suspendeu, na tarde desta terça-feira (22), os atendimentos de urgência e emergência de todas as especialidades do pronto-socorro. A direção afirma não ter recursos para pagar fornecedores de insumos hospitalares, como seringas e medicamentos, e por isso foi obrigada a fechar as portas. 

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“Há tempos venho me reunindo com os governos municipal, estadual e federal pedindo dinheiro. Eu sou um chorão, toda hora peço dinheiro. Achavam que eu estava blefando”, afirma Kalil da Rocha Abdalla, provedor da Santa Casa.  

O pronto-socorros do hospital – Central,  Ortopedia, Infantil, Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Ginecologia – estão fechados por tempo indeterminado, segundo Kalil. Ele diz que a dívida com os fornecedores é de 50 milhões de reais. “Enquanto não aparecerem com esse dinheiro para me ajudar, não vai ter jeito. A não ser que o governo consiga pechinchar lá com meus credores. Eu não tenho esse dinheiro”. 

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O hospital, que é privado, mas não tem fins lucrativos, atende diariamente 10 mil pacientes. Desses, Abdalla estima que metade dê entrada pelo pronto-socorro.

O orçamento anual da entidade é de 1,3 bilhão de reais e a dívida total gira em torno de 350 milhões. 

 

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