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Confira os principais projetos dos escritórios da cidade

Arquitetos se destacam com projetos ousados nas cidades brasileiras. Veja as melhores obras

Por Mariana Barros
Atualizado em 5 dez 2016, 16h38 - Publicado em 9 nov 2012, 22h07
AR Arquitetos_ Casa dos pátios CRED Leonardo Finotti
AR Arquitetos_ Casa dos pátios CRED Leonardo Finotti (Leonardo Finotti/)
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+ Escritórios de arquitetura se destacam por projetos ousados

+ Leia mais sobre os novos arquitetos

AR Arquitetos

A casa é fruto de uma imensa reforma em que as paredes antigas foram “encavadas” para criar pátios internos. “Supriminos o espaço existiente”, diz Juan Pablo Rosenberg, um dos sócios. A antiga garagem virou uma enorme sala com pé direito duplo conectada com o jardim. Ao andar pela casa, o percurso repleto de janelas parece revelar uma história. Algumns desses recortes foram criados para enquadrar certos elementos que já estavam ali, como árvores.

Corsi Hirano

O projeto para o Museu Exploratório de Ciências da Unicamp foi vencedor de um concurso público internacional com 150 arquitetos de diversos países. Os espaços buscam expressar o universo da ciência por meio da arquitetura, com diversos elementos simbólicos. Em 2010, foi selecionado para representar o Brasil na 12ª. Mostra Internazionale di Architettura de la Bienalle di Venezia, o mais importante evento mundial de arquitetura.

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CR2 Arquitetura

Essa residência em São Paulo foi projetada para um casal com uma filha. A grande caixa de concreto do térreo serve como um invólucro que interliga a área construída ao jardim, delimitando a área social e dando privacidade. Os rasgos na caixa proporcionam iluminação natural. Sobre essa caixa fica o bloco dos dormitórios e da sala íntima, rodeado por um generoso deck. O vidro, o concreto e a madeira foram os materiais escolhidos para dar a identidade da casa, definindo blocos e separando os usos. A dureza do concreto é quebrada pelos feixes de luz, e a delicadeza da madeira isola áreas de uso restrito (área de serviço e escritório). O vidro permeia toda a construção.

O primeiro projeto internacional de CR2 arquitetura surgiu de forma inusitada. “O cliente nos procurou pela internet para que fizéssemos uma casa para ele e sua família na Bolívia”, conta Clara Reynaldo, uma das sócias. “No começo estávamos descrentes, mas o projeto foi para frente e o resultado da experiência foi surpreendente”, afirma. O primeiro desafio foi entender a cultura boliviana, as possibilidades construtivas e climáticas da região. O segundo desafio era encaixar o escopo desejado, uma casa para uma família de 4 pessoas e, dentro dela, um apartamento com acesso independente que pudesse ser alugado. O lote, cercado por montanhas, tem 12 metros frente por 17 metros de fundo. O térreo e o primeiro pavimento são a casa da família, sendo o térreo o local do convívio social e o andar superior uma área menor e mais reservada. A circulação vertical da casa é feita por uma escada interna, uma caixa solta que organiza o espaço, separando a cozinha da sala de estar. O terceiro pavimento é o apartamento para aluguel, que tem acesso exclusivo à cobertura, onde fica um grande deck e uma linda vista para as montanhas. A escada que dá acesso ao apartamento ganhou destaque na fachada, servindo como elemento escultural.

FGMF Arquitetos

Quatro características distintas do terreno foram fundamentais para a definição do partido desta residência. Primeiro, uma arrebatadora vista de 180 graus que inclui a costa de Ilhabela e o canal de São Sebastião. Segundo, a inclinação do terreno, de cerca de 40%, impôs-se como um desafio. Terceiro, o formato triangular do terreno, que por conta disso tem grandes perdas em recuos obrigatórios. Por fim, as rochas, que tiveram de ser transformadas em elementos integrados ao conjunto.  Assim, o projeto é uma sequência de lâminas parcialmente sobrepostas e rotacionadas, buscando visuais diferentes. Uma construção de três andares, ora semienterrados, ora em grandes balanços no ar. A circulação vertical funciona como pivô dos três pavimentos.

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O local reúne três diferentes usos – varejo, lajes corporativas e escritórios modulares. A proposta foi criar um marco na paisagem, que valoriza o entorno e estabelece um novo destino comercial. O desenho arrojado enfatiza os espaços abertos públicos e privados. Assim, delineia-se um espaço atraente e aberto para a via local, isolado do barulho da via expressa, capaz de atrair pedestres e motoristas a conhecer a praça abraçada pelo edifício. Ao mesmo tempo, um sistema gradual de permeabilidade tira proveito do fluxo de pedestres. A geometria do edifício, em vez de segregar torres estanques, cria coesão ao sobrepor camadas de diferentes naturezas.

Vencedor do Prêmio do Instituto dos Arquitetos do Brasil em 2010 e do Prêmio AsBEA do mesmo ano (Menção Honrosa Edifício Comercial em ambos). Outro edifício da rede de salões, o Kaze da Mooca, já havia sido projetado pelo FGMF em 2004. A unidade Paulista foi implantada em um terreno estreito e pequeno, geminado em ambos os lados. Pelas dimensões exíguas, pelos quatro pavimentos do prédio e pela necessidade de iluminação natural, a fachada, formada por placas de vidro em diferentes planos e o átrio ganharam grande importância. A fachada é o elemento que dá o caráter contemporâneo do prédio e se transforma em uma potente lanterna para a cidade após o entardecer. O átrio do centro do prédio, que percorre todos os pavimentos, tem como elemento de principal destaque um grande painel de ladrilho hidráulico, projetado pelo artista plástico Fábio Flaks. Os espaços organizam-se de forma simples em quatro pavimentos, articulados por uma escadaria metálica. No nível inferior ficam recepção e trocadores. No segundo e no terceiro piso, ficam dispostas as áreas de corte, lavagem, tinturas, depilação, banheiros e copa. O último andar do prédio abriga a administração. A pele de vidro, além de ser o principal meio para a entrada de luz natural, faz parte de um engenhoso dispositivo de ventilação. Partes do painel de vidro se abrem possibilitando a entrada do ar.

Nitsche Arquitetos Associados

Uma homenagem ao Rio de Janeiro: uma arquitetura geográfica onde as varandas e a vegetação resolvem as questões climáticas sem consumo de energia. Área construída de mais de um milhão de metros quadrados.

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Condomínio de casas na Rua Bernarda Luiz, na Vila Madalena, em São Paulo, com 2.560 metros quadrados de área construída.

Triptyque

A paisagem urbana de São Paulo é fortemente influenciada por dois personagens que coexistem independente e simultaneamente. De um lado, as construções verticais — a maioria delas fiel aos modelos modernistas/racionalistas — evoluem aleatoriamente com as diretrizes inconstantes do planejamento urbano. Do outro lado, a ocupação histórica e/ou informal de dois ou três andares dos espaços residuais entre essas construções. Esse conjunto é caracterizado por uma escala espetacular, resultando em uma paisagem urbana desordenada e descontínua. Localizado na Vila Madalena, bairro de classe média que está passando por constantes transformações, esse edifício residencial revela um horizonte dividido e panorâmico. Esta proposta visa reformular o modelo de residência tradicional paulistano. A fragmentação do corpo do edifício é feita em três partes para uma melhor integração da área de lazer e das circulações verticais e horizontais, e uma pequena praça na área frontal serve ao espaço coletivo urbano. As unidades habitacionais são empilhadas em variação não-linear e não-modular de tipologias e janelas. Nos materiais, predomina o asfalto negro. Os apartamentos contam com acesso individual pelo portão externo, uma unidade por andar para melhor vista e ventilação, elementos fora do comum por apartamento. (terrraço, cobertura duplex com jardim), janelas diferentes em cada unidade e planta livre permitindo diferentes divisões internas – modulação hidráulica e distribuição elétrica.

O edifício é a expressão dinâmica de sistemas hidráulicos de aquecimento e resfriamento que irrigam e dão vida ao edifício. A midiateca não é mais do que um simples edifício, mas se torna uma obra de arte urbana, um jogo de fontes públicas que podem ser apreciadas por todos. Os jogos de água permitem aliar a fantasia ao contemporâneo, e conferem à arquitetura suavidade e natural. Ela é o símbolo da fluidez da informação da nossa época, um tributo à tradição francesa do jardim e das fontes. Eles solidificam a midiateca em uma historia e conhecimentos seculares. A midiateca e um objeto urbano que forma uma praça realmente bonito e agradável. A agua, além de cenográfica, tem um uso funcional. Sua circulação, reciclada no teto, em cortina de agua e em tanque permanente, pode esquentar ou enfriar o prédio, dependendo da temporada. O edifício é projetado como uma grande salão, privilegia uma fluidez espacial e uma evolução dos espaços internos. A midiateca é concebida como uma ferramenta de aproximação de conhecimento, foi pensada para ser um prolongamento do espaço público aberto a todos e acessível.

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