Professores municipais encerram protesto, mas mantêm greve
A categoria está de braços cruzados desde o dia 23 de abril; negociações com a prefeitura não avançam
Os professores da rede pública municipal decidiram no fim da tarde desta terça-feira (27) manter a greve que já dura 35 dias. A manutenção da parasalição ocorreu após protesto que percorreu a Avenida Paulista e terminou no Viaduto do Chá, em frente a prefeitura.
Os manifestantes queriam se encontrar com o secretário municipal de educação, César Callegari, mas foram recebidos por assessores da secretaria das relações governamentais. De acordo com Cláudio Prado, presidente do Sindicato do Profissinais em Educação do Municipio de São Paulo, um novo protesto está marcado para as 14h de sexta-feira (30) na frente da prefeitura.
O ato de hoje teve início no vão livre do Masp por volta das 13h e reuniu cerca de 500 pessoas, segundo balanço da Polícia Militar. A categoria está em greve desde o dia 23 de abril. Na última sexta-feira (23), os professores realizaram uma assembleia em frente à prefeitura. Sem avanço nas negociações, eles decidiram continuar de braços cruzados.
+ Justiça considera greve dos ônibus abusiva
Os professores exigem que a prefeitura determine a data para a incorporação do bônus prometido de 15,38%, além de valorização profissionais e melhores condições de trabalho. No dia 9 deste mês, o prefeito Fernando Haddad encaminhou para a Câmara Municipal um projeto de lei com o bônus. Entretanto, o projeto não estabelece quando o valor será incorporado. No dia 20, protesto que saiu da Avenida Paulista reuniu pacificamente cerca de 12 000 a 15 000 educadores.
Na manhã desta terça-feira (27), os agentes de trânsito de São Paulo participaram de uma doação de sangue solidária no Hospital das Clínicas. Segundo o sindicato que representa a categoria, o ato faz parte dos protestos da campanha salarial.
Os trabalhadores exigem reajuste salarial de 12%, além de participação nos resultados de 4 200 reais e novas contratações. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Sistema Viário e Urbano do Estado de São Paulo (Sindviários), Reno Ale, disse que a categoria pode iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 9 de junho se nada mudar.
No final da tarde de segunda-feira (26), o Tribunal Regional do Trabalho considerou abusiva a greve de motoristas e cobradores de ônibus que parou a cidade na semana passada. A Justiça aplicou uma multa de 200 000 reais aos dois sindicatos que encabeçaram o movimento e decretou a compensação dos dias em que os coletivos ficaram parados.