Passageira relata pânico em voo da Azul
“Foram quase duas horas de um voo que mais parecia uma tortura", afirmou

Uma passageira contou ter vivido momentos de pânico em uma aeronave operada pela companhia aérea Azul no último dia 12 de janeiro. O voo 5023, que havia saído de Brasília e feito escala em São Paulo, seguia para Porto Alegre.
Segundo o relato de Lênia Moraes no Facebook, 20 minutos após ter decolado do Aeroporto de Cumbica (Guarulhos), a aeronave fez um forte barulho e as luzes internas começaram a piscar. Ainda de acordo com ela, uma sirene soava enquanto o avião descia aos solavancos. “Estávamos a uns 7 000 metros de altitude e a cerca de 700 quilômetros por hora quando aconteceu o problema”, disse Lênia.
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Depois de atingir uma altitude de 3 000 metros, segundo ela, o piloto informou que havia ocorrido um problema técnico, provocando a despressurização na aeronave. “O comandante informou que estava avaliando fazer um pouso de emergência em Curitiba, mas, no final, conseguiu voar até Porto Alegre.”
“Foram quase duas horas de um voo que mais parecia uma tortura. As pessoas estavam muito agitadas. As comissárias estavam com lágrimas nos olhos”, afirmou Lênia.
Por causa do incidente, o serviço de bordo foi suspenso e o ar-condicionado precisou ser desligado. “Estava um calor insuportável. Minha filha chegou encharcada.”
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Lênia afirmou que ao pousar a companhia aérea não deu nenhuma explicação sobre o que havia ocorrido durante a viagem. “Será que estão economizando na manutenção das aeronaves? Será que querem economizar com a vida dos passageiros e a da tripulação como já aconteceu com outras companhias”, questionou ela em sua mensagem na rede social.
Procurada pela reportagem, a Azul confirmou que a aeronave que fazia o voo 5023 apresentou um problema técnico, mas que o pouso ocorreu em segurança. “O piloto tomou as ações previstas para essas situações. Apesar do ocorrido, o voo pousou em segurança na capital gaúcha, dentro do horário previsto”, informou em nota.
Questionada por VEJA SÃO PAULO, a companhia não informou, no entanto, qual era o modelo do avião, qual o tipo de defeito e se ele já está operando em outras viagens.