Novos semáforos na Avenida dos Bandeirantes causam reclamações
Mudanças na sinalização e obras estão sendo feitas por causa de um grande lançamento imobiliário na região. Ações desagradam motoristas
Os motoristas que utilizam a Avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul, andam reclamando (ainda) mais de congestionamentos na via. Após instalação de semáforos e mudanças nas ruas que dão acesso ao Itaim Bibi, novos gargalos têm se formado por ali.
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As obras começaram há cerca de dois meses com um cruzamento implantado em frente à churrascaria Fogo de Chão, no final do viaduto que conecta a via à Marginal Pinheiros. Quatro semáforos foram instalados no pedaço. Entre eles, está o da Alameda Vicente Pinzón, que agora permite acesso a Bandeirantes em ambos sentidos. Antes, era possível apenas seguir na direção da Marginal, via bairro.
Proprietário de um bar da rua, Marlon Vieira Dias afirma que tem visto muitos motoristas e transeuntes reclamando das mudanças. “Os pedestres precisam esperar tanto para passar pelo cruzamento que alguns até vêm tomar algo aqui”, diz ele.
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Um dos novos farois fica cerca de 40 segundos fechado (contra 2 minutos aberto), o suficiente para que um congestionamento se forme no local, já famoso por suas imensas filas.
Quem tem aproveitado a movimentação intensa na região são os ambulantes. Alguns chegam a vender quase o dobro de seu produtos, como salgadinhos, doces e bebidas. “Às vezes não damos conta, imagina quando voltar ao normal, depois das férias”, comemora um deles.
As adaptações implementadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) se deram por causa do lançamento do empreendimento Polo Gerador Cyrela Roraima, instalado ao lado do novo cruzamento. Ao todo, cinco edifícios contarão com 507 vagas de automóveis para moradores e outras 2 344 destinadas aos escritórios.
No caso de construções com mais de 500 vagas, a empresa responsável pela obra deve oferecer contrapartidas ao município para melhorar o trânsito da região, intensificado por causa de sua chegada à área.
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Mais novidades virão por aí na avenida. A Cyrela deve ainda implantar sinalização e recuperar vias, sarjetas, canteiros e calçadas, além de investir em medidas que devem impactar o tráfego na Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini e no cruzamento da Bandeirantes com a Rua Funchal.
Todas as despesas do projeto, cuja certidão foi emitida em 1999 e retificada em 2013, serão custeadas pela Cyrela. Misto residencial e comercial, o empreedimento já está finalizado, porém ainda não possui o Habite-se. Por isso, não há ninguém transitando por lá ainda. A emissão do documento depende da finalização das obras exigidas pela prefeitura, sem previsão de término.