Motorista Álvaro Pedroso pode ser vítima de esquartejamento
Sua família foi ao DHPP informar o desaparecimento e forneceu amostras de DNA
O corpo esquartejado encontrado em Higienópolis e na Praça da Sé há cerca de quinze dias pode ser do motorista aposentado Álvaro Pedroso, de 55 anos. A família dele foi ao Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa e reconheceu um retrato falado feito com a ajuda de computadores. Amostras de DNA da viúva e de dois filhos foi coletada e o resultado confirmando a identidade deve sair na próxima semana.
Em informações anteriores, a polícia havia descrito a vítima como um homem de 55 anos e 1,85 metro de altura, que, mesmo aposentado na profissão de motorista, seguia atuando na área, em uma empresa particular. Morador de Cidade Ademar, na periferia da Zona Sul de São Paulo, era evangélico, mas há cerca de três meses frequentava um centro espírita.
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A principal suspeita do assassinato é uma mulher que foi amante da vítima por muitos anos. Os dois teriam rompido recentemente, por iniciativa dela, segundo a própria viúva relatou. Ela não teria agido sozinha.
O morador de rua João Eduardo Jerônimo, 29 anos, foi preso na última sexta-feira (4) depois de ter sido reconhecido como o responsável por carregar as sacolas de plástico que continham as partes do corpo. Em depoimento, ele afirmou ter recebido 30 reais para carregar os sacos, mas que não sabia qual era o conteúdo. Por ser procurado por roubo, Jerônimo foi levado para um Centro de Detenção Provisória.
O caso
Por volta das 9h do dia 23 de março, um catador de papel encontrou em um saco de lixo duas pernas e dois braços humanos decepados. A sacola estava na esquina da Rua Sergipe com a Rua Sabará, em Higienópolis, em frente ao Cemitério da Consolação. Assustado, ele pediu a ajuda de um comerciante, que chamou a polícia.
Mais tarde, por volta do meio-dia, um tronco foi achado na região, na esquina da Rua Mato Grosso com a Rua Coronel José Eusébio. Os policiais também encontraram nas sacolas plásticas um vestido.
As pontas dos dedos e parte da pele do tórax foram arrancadas para dificultar o trabalho da perícia. “Já vi casos parecidos, mas este impressiona por causa dos detalhes. A pessoa agiu para dificultar o trabalho da polícia”, diz o delegado Itagiba Franco.
Na manhã do dia 27 de março, Policiais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) encontraram uma cabeça dentro de um saco plástico na Praça da Sé, no centro. Os agentes foram alertados por um pedestre que reparou uma grande concentração de moscas no local. No mesmo dia, peritos confirmaram que a cabeça pertencia ao corpo desaparecido em Higienópolis.