Guardiões dos bichos: Cíntia Frattini
Empresária e seu marido possuem um recanto no interior de São Paulo, onde cuidam de vários animais
No fim de março, aconteceu um fato inusitado na Avenida 23 de Maio: um porco de 35 quilos caiu de um caminhão em plena via. Depois de escapar do atropelamento e passar muitos apuros em meio ao trânsito, ele acabou sendo resgatado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Já bastante conhecida do órgão, a engenheira civil e empresária Cíntia Frattini, 50 anos, recebeu uma ligação em que perguntavam se toparia acolher o suíno. Ela não só aceitou como o instalou em um espaço digno de sonhos. No interior do estado, Cíntia e seu marido, Wagner, possuem um recanto de 3,5 alqueires. Lá, hoje descansam felizes João Pedro (o nome com o qual o gordo animal foi batizado), cavalos, cachorros, chinchilas, coelhos, pássaros, bois… “Nenhum é morto para virar comida nem usado em reprodução ou transporte”, afirma Cíntia, que é vegetariana.
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Há cinco anos, ela cultiva sua paixão no sítio cedido por sua sogra, para o qual volta quase todo fim de semana. “Foi uma realização conseguir esse local”, diz. Ela pôde expandir os cuidados, que se estendiam apenas a alguns cachorros, gatos e peixinhos, em seu apartamento na Zona Sul, a cerca de 1.000 animais. Cíntia não tem intenção alguma em doar os bichos que recolhe e banca tudo sozinha, sem a ajuda de doações. Segundo ela, a manutenção do sítio consome pelo menos 10.000 reais por mês.
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Toda semana, chegam carregamentos de frutas e verduras, além de dezenas de pacotes de ração. “Sei que estou proporcionando uma vida para eles, pois muitos morreriam por doenças ou maus-tratos”, acredita. “Sou brigona na hora de defendê-los.”