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Paulistanas compram roupas em sites do exterior

Para escapar dos preços cobrados nas lojas físicas do país, consumidoras recorrem a sites, como eBay e AliExpress

Por Mariana Desidério
Atualizado em 5 dez 2016, 15h48 - Publicado em 19 jul 2013, 18h16

A designer Maria Helena Sugino adora presentear as sobrinhas com roupas de marcas adolescentes, mas sofria com os preços nas lojas do país: uma camiseta da Abercrombie & Fitch, por exemplo, custa 100 reais, em média. A solução da tia coruja para economizar até 40%, mesmo com as taxas e o frete, foi comprar em sites estrangeiros.

No eBay, a mesma peça pode ser encontrada por 16 dólares (35 reais). “A internet é responsável por metade do tempo que gasto com compras”, afirma Maria Helena. A relações-públicas Fernanda Lagroteria prefere o site inglês Asos e o da loja Urban Outfitters. Recentemente, adquiriu três calças legging por 15 reais, juntas. “Por aqui, custariam 30 reais cada uma”, compara.

Comprar itens de vestuário pela internet é um hábito cada vez mais comum. Segundo estudo da consultoria E-bit, o segmento de moda foi responsável por 12% do mercado eletrônico nacional em 2012, ocupando o segundo lugar. Os sites estrangeiros respondem por boa parte da movimentação.

O chinês AliExpress registrou um aumento de seis vezes nas compras de brasileiros desde o ano passado. Só em junho recebeu 100 000 pedidos por dia, 10% deles despachados para a cidade de São Paulo. Já o rival eBay enviou 131 000 bolsas, 87 000 sapatos e 65 700 vestidos para cá em 2012.

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Mas é preciso fazer as contas antes de clicar no fechamento da encomenda. Estão isentas de impostos de importação apenas as remessas de até 50 dólares, entre pessoas físicas. Nos outros casos, a taxação é de 60% sobre o valor do produto. A roupa trazida de fora ainda paga ICMS, que em São Paulo é de 18%. E quem compra com cartão de crédito deve incluir o IOF, de 6,3% em transações internacionais.

O serviço Mercado Direto foi criado na net em 2006 para auxiliar as consumidoras nessas operações. Ele faz a aquisição da peça em qualquer loja americana e manda entregá-la no Brasil. O site ainda tem uma calculadora on-line, que mostra qual será o preço final. “A pessoa compra pela primeira vez com um pouco de receio. Quando percebe que o negócio funciona bem, passa a fazer isso sempre”, afirma Bruno Menezes, gerente de marketing do Mercado Direto.

 

 

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