Alckmin dá mais 20,4 milhões de reais para Linha 4-Amarela
Aditivo contratual foi assinado com consórcio espanhol Isolux-Corsán-Corvián após ameaça de rompimento
Após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ameaçar romper os contratos das obras de extensão da Linha 4-Amarela por causa dos sucessivos atrasos, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) não só manteve o consórcio responsável pela execução do projeto como decidiu pagar mais 20,4 milhões de reais à Isolux-Corsán-Corvián. O aditivo contratual prevê a conclusão das estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire, além de um pátio de manobras na Zona Sul da capital.
A construção estava parada desde novembro de 2014 – segundo o governo, por causa de dificuldades financeiras do consórcio. Em fevereiro, Alckmin disse já ter entrado em contato com o Banco Mundial, financiador das obras, para fazer a rescisão. “Para entregar a Fradique Coutinho (em 2014) já foi um sufoco, ficamos em cima, 24 horas apertando até entregar”, disse o governador. “As outras não têm jeito, porque você vai lá e não tem equipamento”, completou.
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Em março, após reunião com representantes do Banco Mundial, o Metrô anunciou que as obras de um dos lotes seriam retomadas em abril e concluídas em um ano, mas sem informar que elas ficariam 20 milhões de reais mais caras. Trata-se do segundo acréscimo de valor ao contrato assinado em 2012, que saltou de 172,9 milhões de reais para 212,3 milhões de reais.
Existe um segundo lote de obras que deveria ser realizado pelo mesmo consórcio a um preço de 386 milhões de reais: a construção das estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Esse contrato, afirma o governo, será rescindido e uma nova licitação deve ser lançada, ainda sem data definida.
Antes prometidas para 2014, as estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire agora ficam para 2016. Já as paradas São Paulo-Morumbi e Vila Sônia só devem ser concluídas em 2017 e 2018, respectivamente.