Bagaceira

Resenha por Saulo Yassuda

Este bar agitado, tocado pelos mesmos donos do vizinho Koya88, tem uma playlist coalhada do brega do passado. A música embala a programação de um público da safra 1990 e pouco que lota o salão e a calçada. As geladeiras estão sempre entuchadas de garrafas de cerveja, como a Spaten (R$ 16,00), de 600 mililitros, e a Hocus Pocus (R$ 35,00 a IPA Interstellar), de 500 mililitros. Como um boteco moderno que se preze — este levou o prêmio da categoria em 2022 —, não podia deixar de ter bons drinques, entre eles um bitter giuseppe feito à moda da casa (amaro de origem nacional em vez de Cynar, vermutes tintos, limão-siciliano e bitters; R$ 35,00) e batidas como a de maracujá e a de café (R$ 25,00 cada uma). A seleção etílica fica a cargo do bartender Thiago Pereira, que afina o negócio junto do chef Thiago Maeda. Na seara dos petiscos, vai bem o jiló do shin chan (R$ 6,00 a unidade), ao vapor com picles de cebola mais talo de coentro e gengibre, e a língua de boi em fatias macias ao molho da própria carne, servida com mandioca cozida, com manteiga de garrafa, e picles de cebola (R$ 42,00). Apenas no almoço, tem um picadinho (R$ 39,00) melhor do que muita versão chique servida por aí. De coxão mole, macio, é guarnecido de arroz, ovo frito, salada de banana e couve-manteiga crua. Um pequeno aviso: nem tudo é feito lá. Sugestões como a cafta com queijo no espeto (R$ 13,00) são compradas prontas e finalizadas na casa.

Informações checadas entre agosto e setembro de 2023.

• Vila Buarque