Espaço cultural no Bixiga mistura brechó, gastrobar e rodas de samba
Ala! Jardim reúne os talentos da família responsável pelo projeto instalado em uma casa antiga da Rua Rui Barbosa
![Alaide, Juliana e Bruna Monteiro sentadas juntas no jardim do espaço cultural posando para a foto](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/09/Alaide-Juliana-Bruna-fundadoras-casa-cultural-Ala-Jardim.jpg?quality=70&strip=info&w=680&h=453&crop=1)
Um antigo terreno da Rua Rui Barbosa, na região do Bixiga, abriga o novo Ala! Jardim. O espaço cultural criado pelas irmãs Bruna e Juliana Monteiro e pela mãe, Alaide, é uma mistura de talentos e interesses da família: brechó, galeria de arte, menu de coquetéis e comidinhas e rodas de samba fazem parte da proposta, instalada na casa que pertenceu ao avô.
“Nós restauramos algumas partes e demolimos outras que estavam bem degradadas”, conta Juliana, uma das proprietárias. “É um típico imóvel dessa região, bem comprido e com muitas plantas, mas o bairro ainda tem poucas áreas públicas arborizadas. Queríamos criar um lugar que transportasse as pessoas para fora de São Paulo.”
![jardim-aberto-casa-cultural-Ala-Jardim vista noturna, com luzes amarelas dispostas em fios suspensos, do jardim aberto do espaço, com grama, plantas, mesas e cadeiras](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/09/jardim-aberto-casa-cultural-Ala-Jardim.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
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![fachada-casa-cultural-Ala-Jardim fachada do espaço cultural, de tijolos e com algumas plantas](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/09/fachada-casa-cultural-Ala-Jardim.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Para conceber essa atmosfera, as irmãs apostam no amplo jardim da casa e na programação musical com artistas do jazz e do samba. Mas elas levaram alguns anos até definir o conceito final do projeto. “A ideia era fazer um café, mas depois comecei a estudar coquetelaria e ao mesmo tempo despertou a vontade de cozinhar da minha irmã.” Com os 260 metros quadrados do endereço, Juliana encontrou uma vitrine para suas criações de mobiliário e objetos feitos de concreto. “Hoje tenho várias peças, que produzi na pandemia, incluindo coisas para a casa como velas, garrafas e pazinhas.”
Além da possibilidade de acolher trabalhos e exposições artísticas, elas esperam se tornar uma referência para a cena musical independente. “Pensamos em algo que não fosse só aquela música ao vivo com um violão no cantinho”, define. “Aos domingos, temos o Ala! Jardim Samba Jazz, união do samba com o jazz, e fazemos o Cedo Sentado, com cantores e músicos autorais, uma ideia do Thiago dos Anjos, criador do coletivo Adinkrazz.” Rodas de samba conduzidas por mulheres completam o calendário. “E espero poder expandir para ritmos como rap e MPB em breve.” Mais informações em @ala.jardim.
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Publicado em VEJA São Paulo de 22 de setembro de 2021, edição nº 2756