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Três perguntas para Marília Pêra

A atriz é protagonista do musical <em>Alô, Dolly!</em>, que estreia no próximo sábado (2)

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 16h17 - Publicado em 22 fev 2013, 17h45

Em seus três trabalhos mais recentes na televisão — a novela Aquele Beijo e os seriados A Vida Alheia e Pé na Cova, a atriz carioca Marília Pêra, de 70 anos, estabeleceu uma profícua parceria como ator, diretor e dramaturgo Miguel Falabella. A partir do sábado (2), a dupla estende a relação para o palco do Teatro Bradesco, com o musical Alô, Dolly!.

Você e Falabella trocam informações sobre o seriado Pé na Cova nos bastidores de Alô, Dolly! ou vice-versa?

Quem manda em tudo é o Falabella. Na realidade, eu mais ouço do que troco informações. Ele vai praticamente todas as noites ao meu camarim e me conta o que vem pensando, comenta um pouco sobre o seriado ou o espetáculo. Às vezes, durante uma respiração dele, eu falo uma frase que gostaria, mas é tudo do jeito do Falabella. Eu acho prazeroso receber o texto e saber que ele escreveu aquelas palavras já ouvindo a minha voz.

+ Ouça a entrevista completa no Blog do Dirceu

O que é fundamental para um ator ser bem-sucedido em musicais?

Ah, se soubesse isso eu só faria sucesso. Mas dou muito valor a um artista que canta bem, não grita e não fere meus ouvidos. Gosto quando o ator conta uma história como se não fosse ele mesmo, entende? Não é a Marília no palco. Nem o Falabella. Muitas vezes, eu tenho a impressão de que o público não entende o que está acontecendo porque não existe essa troca entre os intérpretes e não houve ensaio suficiente para estabelecer uma parceria.

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Como avalia as novas gerações que se formam para atuar em musicais?

Houve um tempo em que era só Bibi Ferreira. Depois era Bibi e eu. Hoje, há milhares de atrizes de musicais. Mas, às vezes, percebo falhas de interpretação. Sinto falta de encenadores que ensinem atuação a profissionais tão preparados no canto e na dança. Talvez nossos diretores devessem estagiar lá fora e trazer métodos de ator, de como organizar uma história cantada e dançada, algo que resulte tão bom quanto as encenações.

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