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A história por trás da promissora galeria de arte de São Bernardo do Campo

Thomaz Pacheco abandonou a carreira na Volkswagen para se dedicar à empreitada

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 fev 2020, 16h02 - Publicado em 1 jun 2018, 06h00
Thomaz Pacheco: abriu uma das raras galerias de São Bernardo do Campo (Leo Martins/Veja SP)
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Com um faturamento de 300 000 reais na última feira SP-Arte, em abril, a OMA Galeria ainda está longe do patamar de nomes consolidados do mercado, como a Bergamin & Gomide, que vendeu 4,8 milhões de reais no mesmo evento. Mas mesmo esse valor ainda tímido serviu para coroar a corajosa trajetória de seu fundador.

Formado em administração de empresas, Thomaz Pacheco abandonou um salário de 12 000 reais e uma carreira de onze anos como gerente de projetos na montadora Volkswagen para fundar, há cinco anos, uma das raras galerias de arte de São Bernardo do Campo, sua cidade natal. Nesse período, o espaço abrigou 31 exposições, como a do artista Giovani Caramello, autor da escultura Diálogo, além de promover visitas guiadas, realizar encontros com professores, fazer curadoria de projetos publicitários e organizar um clube de colecionadores que oferece cinco obras originais por 2 400 reais.

escultura
A escultura Diálogo (Jeivison José/Veja SP)

Ao conciliar sua paixão pela arte com a experiência gerencial, Pacheco elaborou um plano de negócios antes de abrir a galeria. Leu livros da área e visitou trinta endereços do setor na capital, entre ateliês, museus e espaços de coworking. Em vários blocos Moleskine, anotou os prós e os contras. No fim da procissão artística, havia definido o perfil do seu estabelecimento. “No ABC, não adianta abrir as portas e esperar que as pessoas entrem; eu precisava formar um público”, explica.

Essa organização é mantida ainda hoje, por meio de uma tabela no programa Excel, com todos os procedimentos para realizar uma exposição. A cada novo evento, ele imprime o documento e cumpre os tópicos, um a um. Se as tarefas estão sistematizadas com método, os sonhos do galerista de 33 anos extrapolam as planilhas. “Minha meta é incluir a OMA entre as principais galerias do país e ter o reconhecimento dos meus pares”, afirma. Essa admiração dos colegas não parece tão distante. “Ficamos muito felizes em participar da trajetória da galeria e achamos que ela contribuiu muito para o repertório da feira”, diz a idealizadora e diretora da SP-Arte, Fernanda Feitosa.

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