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Festa Talco Bells completa quinze anos com edições comemorativas

De casa nova, festa de soul e funk conhecida por usar talco no chão acontece no City Lights Music Hall, em Pinheiros, até o final do ano

Por Tomás Novaes
27 jan 2023, 06h00
Imagem mostra homem jogando talco em quadro
Elohim Barros, sócio da festa, jogando talco: pista lisa e música boa. (Leo Martins/Veja SP)
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“Há quinze anos sendo o terror da faxina”, brinca Elohim Barros, 43, DJ e sócio da festa Talco Bells. Ele é o último fundador restante de um grupo de amigos que, em 2008, decidiu criar uma festa que reverenciasse a soul music — e que usasse algo para deixar a pista mais deslizante e facilitar o requebrado.

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“O Bruno Torturra e o Filipe Luna (fundadores e jornalistas) foram fazer uma entrevista com os Beastie Boys em Nova York. Lá, a fotógrafa levou eles a uma festa de apartamento em que viram pela primeira vez alguém jogar talco no chão para dançar”, conta Barros.

Assim nasceu uma ideia que, nos últimos quinze anos, passou por lugares como o Hotel Cambridge, o Cine Joia e o Fabrique Club, até aterrissar no City Lights Music Hall, em Pinheiros, onde acontecerá uma série de edições comemorativas, mês sim, mês não, a partir desta sexta-feira (27).

Imagem mostra homem dançando, com as pernas para o alto, em meio a pista com diversas pessoas ao redor
Sola do pé esbranquiçada no City Lights: muita dança. (Victor Balde/Divulgação)

“É uma nova fase, um novo lugar. Quinze anos depois, a galera teve filho, casou, quem tinha 20 agora tem 35, então é importante também rejuvenescer o público”, comenta Elohim, que discotecou em praticamente todas as edições, desde a primeira.

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Os companheiros que criaram o evento com ele deixaram o projeto nos últimos anos, por motivos diferentes. Não foi só isso que mudou: hoje, na verdade, é usado polvilho doce em vez do talco. A mudança aconteceu após reclamações. “Já ouvi gente falando que voltou para casa com a prata do brinco oxidada”, conta.

A trilha sonora também não é a mesma, passando a abranger também o funk dos anos 70 e 80. Mas, para Diogo Granato, frequentador assíduo da festa desde os primórdios, o espírito da Talco não mudou. “A festa foi evoluindo e continuei sendo fã de carteirinha. Para mim, dia de Talco é que nem trabalho, fica marcado na agenda.”

Publicado em VEJA São Paulo de 1 de fevereiro de 2023, edição nº 2826

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