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Scholastique Mukasonga e Laerte são destaques do Festival Literário do Museu Judaico; confira a programação

Gratuito, FliMUJ acontece entre 9 e 12 de outubro

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
30 set 2025, 18h29
Scholastique-Mukasonga
A escritora franco-ruandesa Scholastique Mukasonga aborda o genocídio de Ruanda em suas obras (Juliana Lubini/Divulgação)
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A 4ª edição do FliMUJ, o Festival Literário do Museu Judaico de São Paulo, reunirá convidados nacionais e internacionais entre os dias 9 e 12 de outubro, no próprio museu, na Bela Vista. O evento gratuito tem como foco os desafios da construção coletiva da verdade e as diferentes maneiras de lidar com o passado.

Os convidados internacionais incluem a socióloga franco-israelense Eva Illouz, professora da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Escola de Estudos Avançados em Paris e autora de “O Amor nos Tempos do Capitalismo”, e Fania Oz-Salzberger, que escreveu o livro “Os Judeus e as Palavras” em parceria com o pai, o romancista Amós Oz.

Outro destaque é Scholastique Mukasonga, escritora franco-ruandesa célebre por obras como “A Mulher de Pés Descalços”, “Nossa Senhora do Nilo” e “Baratas”. Ela participa de uma mesa com o coordenador-geral do Museu do Holocausto de Curitiba, Carlos Reiss, em uma reflexão sobre o papel do testemunho e os caminhos de reparação e cura após episódios traumáticos.

Uma mesa será dedicada aos quadrinhos, com a presença da quadrinista israelense Rutu Modan e a brasileira Laerte Coutinho, em uma conversa sobre as relações entre sátira, ilustração e política.

Outro autor brasileiro de destaque é Julian Fuks, vencedor do Prêmio Jabuti por “A Resistência”, que divide mesa com a também brasileira Tatiana Salém Levy, autora de “Vista Chinesa”.

Jennifer Teege completa a programação. A escritora alemã de ascendência nigeriana ficou conhecida pela autobiografia “Amon: Meu Avô Teria Me Executado”, em que relata o impacto de descobrir ser neta de Amon Göth, comandante nazista retratado em “A Lista de Schindler”.

As vagas para as mesas são limitadas e os ingressos devem ser retirados antecipadamente pelo site do Museu Judaico de São Paulo. Caso os ingressos tenham se esgotado online, ainda será possível tentar uma vaga na fila de espera, no local.

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Confira a programação completa

9 de outubro, quinta

19h – Abertura: “Quem se importa com palavras?” com Fania Oz-Salzberger (mediação de Laura Capelhuchnik)

Na mesa de abertura,  a autora israelense reflete sobre identidade judaica, sociedade israelense, o potencial e o limite da linguagem, a partir do livro “Os Judeu e as Palavras”, escrito em coautoria com seu pai, Amos Oz.

10 de outubro, sexta

15h – “Como as democracias sobrevivem?” com Alessandra Orofino e Leonardo Avritzer (mediação de Thais Bilenky)

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A economista, diretora e ativista Alessandra Orofino e o cientista político Leonardo Avritzer convidam a pensar sobre como garantir a vida dos regimes democráticos.

17h – “Quem nunca?” com Carol Rodrigues e Felipe Poroger (mediação de Bianca Mantovani)

Os dois autores, cujas obras, cheias de humor e ironia, constituem testemunhos de quem cresceu nos anos 90, conversam sobre o modo pelo qual a identidade torna-se matéria-prima para a escrita, mostrando que vivências pessoais raramente são individuais.

19h – “Quer que eu desenhe?” com Laerte Coutinho e Rutu Modan (mediação de Micheline Alves)

A cartunista brasileira Laerte Coutinho e a quadrinista israelense Rutu Modan, conversam sobre ilustração, sátira e política – dentro e fora dos quadrinhos.

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11 de outubro, sábado

11h – “Escrever para fugir ou para voltar?” com Julián Fuks e Tatiana Salem Levy (mediação de Rita Palmeira)

Os autores premiados dialogam sobre memórias familiares, embates entre narrativa e silenciamento e a capacidade da literatura de se haver com a realidade.

15h – “Nós lembramos?” com Carlos Reiss e Scholastique Mukasonga (mediação de João Torquato)

Os pensadores falam sobre o Holocausto e o genocídio de Ruanda, que culminou no assassinato de 800 000 tutsis. O coordenador-Geral do Museu do Holocausto de Curitiba e Scholastique Mukasonga, nascida em Ruanda e autora da livros sobre o genocídio em seu país natal, dialogam sobre a construção da memória, a importância do testemunho e os processos de responsabilização, reparação e cura após o horror.

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17h – “O ódio pode ser virtuoso?” com Eva Illouz (mediação de Fábio Zuker)

Na mesa, a socióloga fala sobre seu livro “8 de outubro, genealogia de um ódio virtuoso”, que analisa os fatores intelectuais, políticos e psicológicos por trás do antissemitismo, potencializado após os ataques de 7 de outubro de 2023. Adversária do governo de Benjamin Netanyahu, Illouz defende que não precisamos escolher entre a condenação das ações de Israel na Faixa de Gaza e a luta contra o antissemitismo.

12 de outubro, domingo

11h – “Acabou o amor?” com Renato Nogueira e Priscila Sztejnman (mediação de Cris Bartis)

A atriz, roteirista e escritora Priscila Sztejnman e o filósofo Renato Nogueira chamam a atenção para a importância de ampliarmos o repertório sobre o amor e dialogam sobre apaixonamento, desejo, sexo e as novas relações afetivas.

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15h – “E quando a verdade vem à tona?” com André de Leones e Jennifer Teege (mediação de Gabriela Longman)

A autora alemã de ascendência nigeriana fala sobre seu livro autobiográfico “Amon: Meu Avô Teria Me Executado”, em que narra a descoberta de que seu avô foi um dos mais conhecidos oficiais nazistas. O brasileiro André de Leones, no romance “Meu passado nazista”, também escreve sobre um avô nazista, mas este habita o interior do Goiás, no centro-oeste brasileiro. Na, os autores dialogam sobre como o extremismo costuma estar mais próximo do que pensamos, lembrando que ideias que julgávamos superadas podem reaparecer nos lugares mais improváveis.

4º FliMUJ | Festival Literário do Museu Judaico de São Paulo
9 a 12 de outubro
Museu Judaico de São Paulo. Rua Martinho Prado, 128, Bela Vista.
Ingresso gratuito, mediante retirada no site: museujudaicosp.org.br/programacao/

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