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1/18 Ela abandonou a carreira aos vinte anos, mas foi o suficiente para se tornar nada menos que a precursora do rock no Brasil. Em 1959, Celly Campello estourou com Estúpido Cupido , versão de Stupid Cupid , na época um hit na voz de Connie Francis. Três anos mais tarde, ela se aposentou por causa do casamento com o contador Eduardo Gomes Chacon. Morreu de câncer em 2003, aos 61 anos. (J. Ferreira da Silva) 2/18 Resposta tropical aos Beatles, os Mutantes são admirados e respeitados não só no Brasil, mas por críticos e artistas estrangeiros. Kurt Cobain, do Nirvana, era fã declarado e Sean Lennon, filho de John e Yoko Ono, tocou com a mente criativa por trás do grupo, Arnaldo Baptista, em 2000. Hoje, só resta Sérgio Dias da formação original (que além de Arnaldo, tinha Rita Lee como vocalista). (Jean Solari/Divulgação) 3/18 Extravagantes e iconoclastas, Ney Matogrosso, João Ricardo e Gérson Conrad ousaram em plena vigência do regime militar nos anos 70. A trajetória da formação clássica foi curta – não mais que dois anos -, o bastante para lançar Secos & Molhados (1973) e Secos & Molhados II (1974), presenças obrigatórias em qualquer lista de melhores discos daquele período. (Lucio Marreiro) 4/18 Grande injustiçada do rock brasileiro, a banda Gang 90 e as Absurdettes foi fundamental na cena da new wave brasileira que dominou o nosso rock na década de 1980. Júlio Barroso, compositor de talento que fundou a banda, morreu tragicamente em 1984 ao cair da janela de seu apartamento, um ano depois do lançamento do estupendo Essa Tal de Gang 90 e as Absurdettes . (Sérgio Berezovsky) 5/18 Talvez a banda mais bem sucedida da fértil década de 1980, os Titãs se beneficiaram das diversas influências de seus numerosos integrantes. Cabia de tudo: punk, reggae, ska, MPB... Ao longo dos anos, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Paulo Miklos e Charles Gavin deixaram o grupo para seguir carreiras-solo e tocar projetos pessoais. Marcelo Fromer, guitarrista, morreu ao ser atropelado por uma moto em 2001. Neste ano, eles lançaram o elogiado Nheengatu , considerado um retorno às origens sonoras do grupo e às letras politizadas. (Luizinho Coruja) 6/18 Hoje banda de apoio do late show The Noite com Danilo Gentili , do SBT, o Ultraje a Rigor já foi grande e relevante. Nós Vamos Invadir Sua Praia (1985) tem músicas que fazem parte do inconsciente coletivo até hoje: a faixa-título, Mim Quer Tocar , Ciúme , Inútil , Marylou e Eu Me Amo . O conjunto está há doze anos sem um disco de inéditas. (Luizinho Coruja) 7/18 Não havia páreo para Guilherme Arantes nos anos 1980. Seus discos vendiam aos milhares e suas músicas eram trilhas de novelas, enfileirando sucessos como Deixa Chover , Cheia de Charme e Planeta Água em ritmo industrial. Depois de um período de ostracismo, ele foi alçado ao status de cult no último ano com o lançamento de Condição Humana . A crítica logo abraçou o álbum, enquanto nomes da nova safra musical brasileira declararam admirar o artista e até participaram do disco. Foi o caso de Tulipa Ruiz, Kassin, Adriano Cintra, Curumin e outros. (Pedro Matallo) 8/18 O movimento punk se espalhou por São Paulo no início dos anos 1980 com bandas como Olho Seco, Cólera e Inocentes. Da vertente do hardcore, os mais conhecidos são os Ratos de Porão, cujo vocalista, João Gordo, se tornou apresentador de TV. (Jozzu) 9/18 A banda foi formada por Edgard Scandurra e Nasi em 1981, também influenciados pelo punk. Juntos compuseram clássicos do gênero, como Envelheço na Cidade , Dias de Luta , Tarde Vazia e Núcleo Base . Em 2007, a banda se desfez por divergências entre os dois, briga que se tornou pública e parecia incontornável. Não era. Ano passado eles colocaram as diferenças de lado e voltaram a se apresentar juntos – para a alegria dos fãs. (Gabriel Wickbold) 10/18 Sombrias e minimalistas, as Mercenárias são exemplo do ótimo pós-punk que se fez por aqui na década de 1980 e tão bem se encaixou a cidade. Pegando referências de bandas como Siouxsie and The Banshees e The Slits, o quarteto lançou o excelente Trashland , produzido por Edgard Scandurra, em 1988. Pouco depois, a gravadora EMI encerrou o contrato com a banda e o grupo se separou, tendo se reunido com outra formação recentemente. (Rui Mendes) 11/18 Formada em Santos, a banda cativou milhares de fãs adolescentes que logo se identificaram com a atitude “rebelde” e o skate-punk com influências do hip hop feito pelo Charlie Brown Jr. O conjunto acabou de forma trágica, quando o vocalista e compositor Chorão foi encontrado morto em seu apartamento depois de uma overdose de cocaína no ano passado. Os integrates restantes até tentaram continuar juntos, agora com o nome A Banca, mas, meses depois, o virtuoso baixista Champignon cometeu suicídio. (Felipe Aguilar) 12/18 Assim como o Charlie Brown Jr., os Mamonas Assassinas foram uma aposta certeira do produtor Rick Bonadio. Divertidíssimo e versátil, o conjunto liderado por Dinho lançou apenas um trabalho, homônimo (1995), antes de acabar depois que o avião no qual os cinco integrantes viajavam se chocou contra a Serra da Cantareira em 1996. (Eugênio Savio) 13/18 Suavizando referências que vinham do Bad Religion e de contemporâneos como o Green Day, o CPM 22 gravou um álbum independente em 2000, A Alguns Quilômetros de Nenhum Lugar, e logo foi convidado para integrar o selo de Rick Bonadio. As letras românticas misturadas ao hardcore melódico foram a fórmula do sucesso de Chegou a Hora de Recomeçar (2002) e dos álbuns seguintes. A banda permanece unida, ainda que a popularidade tenha arrefecido há tempos. (Fabio Motta) 14/18 Cantando em inglês e antenada com o que se passava lá fora, principalmente com a breve cena new rave inglesa, a banda Cansei de Ser Sexy (mais tarde apenas CSS) se tornou um nome conhecido internacionalmente, se apresentando em programas de TV estrangeiros e tocando em grandes festivais. Em 2011, Adriano Cintra, principal compositor do conjunto, deixou a banda, que ainda sobrevive. O último disco, Planta , foi lançado no ano passado. (Otavio Dias de Oliveira) 15/18 Condensando rock, soul, funk e uma pitada de jovem guarda, o Garotas Suecas é uma das boas bandas a surgir por aqui na última décadas. Feras Míticas , trabalho que foi lançado no último ano, expandiu o leque de influências e contou com vocais de todos integrantes – mudança que se mostraria providencial para a sobrevivência da banda depois da saída do principal vocalista Guilherme Saldanha. (Manoela Miklos) 16/18 Declaradamente influenciados pelo rock brasileiro da década de 1980, os integrantes do Vespas Mandarinas unem riffs pegajosos a letras espertas e em português, mostrando que o idioma combina, sim, com as guitarras. O disco Animal Nacional (2013) deu novo fôlego ao gênero na capital. (Divulgação) 17/18 Para eles, ser moderno e também ser retrô. Apegado às sonoridades dos anos 1960,o trio faz uma música funkeada e cheia de groove, que lembra o que era produzido por outros power trios como Jimi Hendrix Experience e Cream. Até o nome do bom disco de estreia, 66 (2012), faz referência à década favorita de Tim Bernardes (voz e guitarra), Guilherme D’Almeida (baixo) e Victor Chaves (bateria). (Gal Oppido) 18/18 Os irmãos André e Murilo Faria tomaram o nome do tio, Aldo, para batizar a dupla de rock-eletrônico. É uma homenagem ao homem que os levava em suas andanças nos anos 80 e 90, quando os dois eram adolescentes, e lhes contava as histórias mais mirabolantes, as quais deram origem às letras do disco de estreia, Is Love (2013). O som é um eletrônico sujo recheado de guitarras que resulta em canções viciantes. (Divulgação)
Se São Paulo é o túmulo do samba, como já dizia com pouca precisão Vinicius de Moraes, certamente não o é quando o assunto é rock. Por aqui já surgiram bandas das mais diversas orientações e vertentes, seja ela punk, hardcore, eletrônica ou tudo isso ao mesmo tempo.
Neste domingo (13), é celebrado o Dia do Rock e, para comemorar, relembramos alguns dos conjuntos mais importantes que surgiram na cidade: dos acordes e versos inocentes da precoce Celly Campello nos anos 50 até as experimentações eletrônicas do duo Aldo.
No meio do caminho, há espaço para o pioneirismo do Secos e Molhados e a fértil cena dos anos 80, que teve bandas tão diferentes entre si como o Ratos de Porão e o Gang 90 e As Absurdettes.
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