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Ringo Starr faz show nostálgico com clima de festa entre amigos

De volta ao país, ex-beatle encontrou-se pela segunda vez com público paulistano na noite de terça (29), no Credicard Hall

Por Mayra Maldjian
Atualizado em 1 jun 2017, 17h31 - Publicado em 30 out 2013, 12h32
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ringo starr (MRossi/)
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Não é sempre que se vê um Beatle de perto. Por isso mesmo, a plateia do Credicard Hall gritava e assoviava diante de qualquer movimentação no palco na noite da última terça (29). E foi assim até Ringo Starr & His All-Starr Band ocuparem suas posições sob os holofotes e darem início, às 21h45, com quinze minutos de atraso, é fato, a uma festa nostálgica de cerca de duas horas.

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Recepcionado por câmeras e celulares em riste, o baterista britânico cantou Matchbox (Carl Perkins), It Don’t Come Easy e Wings antes de correr para sua bateria lá atrás, montada em uma plataforma elevada, ao centro do cenário. Passada a euforia, o público de 4 000 pessoas pôs-se, então, a dançar.

 

A relação de Ringo com a banda é de se admirar. Ao longo do show, os seletos músicos se revezavam nos vocais e em solos instrumentais. Formada em 1989, a All-Starr Band reúne gente experiente, que já fez sucesso em bandas de rock clássico muito tocadas nas rádios mundiais nas últimas décadas. A formação atual tem, por exemplo, o baixista Richard Page, que tocou na banda Mr. Mister (no show, ele cantou o hit Broken Wings), o tecladista Greg Rollie, parceiro de Santana, e o guitarrista Steve Lukather, do Toto, lembrada ali pelas faixas Rosanna e Africa.

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ringo starr ()

Apesar de envolvidos pela energia e entrosamento dos músicos, ninguém escondia a excitação de ver Ringo deixar a bateria e tomar o microfone para cantar algumas poucas e boas de sua carreira solo (Anthem e Photograph, por exemplo), nem mesmo a  ansiedade por ouvir canções dos Beatles.

E elas vieram, pouco a pouco. Teve Don’t Pass Me By (a primeira canção que escrevi, anunciou Ringo), Yellow Submarine (com direito a chuva de papel picado e balões amarelos e azuis), I Wanna Be Your Man, Act Naturally (um cover de Buck Owens feito pelos Beatles) e, por fim, With a Little Help from My Friends. A esta última, emendou-se o refrão de Give Peace a Chance (“dê uma chance a paz”). Tudo a ver com o cenário hippie e com o símbolo de paz e amor estampado na camiseta de Ringo.

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Modestas, as apresentações de Ringo não se comparam aos mega shows de Paul McCartney, que lota estádios mundo afora, mas em nada perdem nos quesitos carisma e emoção. Em plena forma, o músico de 73 anos cantou e tocou como na juventude. Cheio de vigor, dançou e pulou, colocou em uma das mãos um anel que ganhou de uma fã, leu em voz alta os cartazes com declarações de amor, agradecia a todo momento a presença de todos.

Em sua segunda visita ao Brasil (a primeira foi em 2011, com seis apresentações), Ringo Starr passa ainda por Curitiba, nesta quinta (31).

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