Para matar a curiosidade: as estantes que aparecem nas lives
Gabriela Prioli, Leandro Karnal, Antonio Fagundes e Renato Janine Ribeiro contam o que guardam nas prateleiras que aparecem nas telinhas
Gabriela Prioli, 34, advogada
Obras de direito vão ao lado das de ficção na estante de Gabriela. “Meu livro de cabeceira é O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa.” Criadora de um clube do livro, compartilha opiniões sobre História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman. Com folhas amareladas, Germinal, de Émile Zola, continua a mais fascinante por ter herdado do pai, que faleceu quando era criança.
Leandro Karnal, 57, historiador
“Faço transmissões com a biblioteca atrás, confere peso à opinião”, brinca ele, que lembra que o recurso é antigo, presente em pinturas da Idade Média. Cada vez mais adepto da praticidade dos e-books, conta que diminuiu sua coleção de 10 000 para 3 000 exemplares: doou a presídios e à Unicamp, onde é professor. Guardou o que considera essencial de história, filosofia, religião e literatura. Entre os favoritos, uma Bíblia em latim com anotações do pai, Renato Karnal.
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Renato Janine Ribeiro, 70, filósofo
De 2 000 a 3 000 livros. Esse é o tamanho de sua biblioteca, sem contar os livros digitais. Lê principalmente acadêmicos de política e história, além de romances policiais. “Depois da morte de Garcia-Roza, comprei cinco livros do autor e li todos.” Entre as obras que considera essenciais, todas as de Florestan Fernandes.
Antonio Fagundes, 71, ator
Fagundes devora até quatro livros por semana. “O gênero de que mais gosto é livro bom. Sociologia, psicologia, ficção, não tenho preconceito.” As estantes ecléticas passaram a ocupar a casa. “Ainda não descobri como usar o teto”, brinca. Atualmente mergulha em um livro sobre Frankenstein de Susan Hitchcock, e na fila, três volumes de Dean Koontz, tudo bem?
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 20 de maio de 2020, edição nº 2687