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Saiba como foi o primeiro dia do festival Tomorrowland

Cerveja a 11 reais, fantasias de elfos e super-heróis e falta de sinalização marcaram a estreia do evento em Itu

Por Bárbara Oberg e Juliene Moretti
Atualizado em 5 dez 2016, 12h31 - Publicado em 2 Maio 2015, 10h40
Tomorrowland Brasil
Tomorrowland Brasil (João Moura/Fotoarena/Folhapress/)
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Entre elfos, ninfas e personagens mitológicos, deu-se o início do primeiro Tomorrowland Brasil. Neste primeiro dia de festival, eram esperadas 60 000 pessoas. Cinquenta atrações se apresentaram nos sete palcos do evento no Parque Maeda, em Itu, interior de São Paulo.

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Com cenografia exuberante e impressionante – até as árvores receberam luzes para o efeito visual ficar completo – o Tomorrowland trouxe o tema “Book of Wisdom”, como se levasse o público para uma terra encantada. Os frequentadores entenderam o recado e boa parte deles entrou na brincadeira e tirou a fantasia do armário. E fantasias dos mais diversos estilos, de bailarinos a super-heróis.

Um dos locais que mais gerou curiosidade nesta edição foi o DreamVille, área de acampamento para 20 000 pessoas que se acomodaram em barracas de diferentes tipos. A maior crítica veio dos estrangeiros. Eles reclamavam do staff que não falava nem espanhol nem o inglês e na maioria das vezes, não conseguia responder o que foi perguntado.

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QUE PALCO É ESSE?

A desinformação dos funcionários também foi um problema fora da área de camping. Sem sinalização clara com os nomes dos palcos, muitas vezes o púbico andava explorando o local. A vantagem era justamente essa: ao não encontrar o palco, o visitante podia se deparar com uma boa surpresa musical, como foi o palco Q Dance. Passava das 21h quando uma turma de pouco mais de 500 pessoas dançava alucinadamente ao som de Wildstylez, no palco três, escondido no meio de arbustos.

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Foi difícil também encontrar banheiros. Por isso, era comum ver rapazes utilizando as moitas (sim, havia muitas delas) e o barranco atrás das barracas de alimentação do palco principal como toaletes. Chegou-se a formar um paredão de desesperados. 

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BOLSO CARREGADO

Parece barato, mas não é. A moeda por lá é o Token e a cartela com nove custa 50 reais. Não existe a possibilidade de comprar menos, caso queira economizar um pouquinho. Com isso, cada ficha equivale a 5,55 reais. E doce ilusão: a cerveja custa duas fichinhas, ou melhor, 11,10 reais. A tão comentada batata belga sai por três fichinhas, que correspondem a 16,65 reais.  

Com os valores um pouco mais alto e uma maratona de doze horas de música e muita andança, o público procura optar pelo que tem de mais barato, como os cachorros-quentes ou baguetes recheadas (por quatro token). Mas quem esperou até as 23h para essas opções, não comeu. Muitas das barracas próximas ao palco principal não tinham mais as guloseimas para servir.

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QUER OUVIR O QUÊ?

O palco principal, como não poderia deixar de ser, foi o que atraiu mais público. Afrojack, Hardwell e Steve Aoki puxaram a fila dos grandes nomes internacionais do eletrônico. Quem chegou cedo para acompanhar Afrojack pôde curtir e pular muito com o som do duo de trance W & W, que empolgou muito mais do que o holandês. Em certo momento do show, os fãs deitaram no chão para descansar um pouco, pelo menos até a entrada do número 1 do mundo, Hardwell.

Com queima de fogos coordenada com as batidas do holandês, um jogo de luz potente, Hardwell fez sua apresentação para marcar o público nacional no Tomorrowland. Com efeitos visuais e set cheio de hits, era impossível encontrar alguém ali parado. Finalizou o dia Steve Aoki, com seu show mais irreverente, também recheado de sucessos, e como não podia faltar, os bolos jogados ao público (uma maneira habitual do fazer a festa do DJ).

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