Continua após publicidade

Primeira escada rolante de SP será substituída no Pavilhão da Bienal

A reforma será acompanhada de um evento que vai discutir a importância da preservação de patrimônios públicos arquitetônicos

Por Mattheus Goto
Atualizado em 17 nov 2022, 16h22 - Publicado em 2 nov 2022, 19h31
Foto de arquivo de três pessoas descendo escada rolante no Pavilhão da Bienal
A primeira escada rolante de São Paulo foi instalada no Pavilhão da Bienal, em 1954 (Autor desconhecido/Arquivo Histórico Wanda Svevo/Fundação Bienal de São Paulo/Divulgação)
Continua após publicidade

O ano era 1954. São Paulo comemorava seu quarto centenário, em um momento de efervescência cultural, quando uma nova tecnologia chegou à cidade: a primeira escada rolante da capital. Antes mesmo de ser instalada no dia 9 de julho daquele ano no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, chamou a atenção da população por sua inovação arquitetônica.

+ Mostra SP: confira a programação da repescagem do festival

Após mais de sessenta anos de uso, ela será substituída por uma nova. A Fundação Bienal de São Paulo passou os últimos dois anos planejando a troca em parceria com especialistas e órgãos responsáveis pela preservação do patrimônio.

Além da retirada do equipamento e montagem do novo, também está sendo feito o restauro da mureta de alvenaria de tijolos – parte da obra de Oscar Niemeyer. Todo o processo se iniciou em 10 de outubro e deve ser finalizado em 10 de novembro deste ano.

Foto do interior do Pavilhão da Bienal
Reforma de escada rolante pautou o evento Pavilhão Aberto 2022 (Levi Fanan/Fundação Bienal de São Paulo/Divulgação)
Continua após a publicidade

A reforma inspirou o tema de um encontro do projeto Pavilhão Aberto 2022, realizado no sábado (5) no local, que busca discutir a importância da preservação e da atualização de patrimônios públicos arquitetônicos. Com o título de “O lugar do restauro, o território da arte”, o evento gratuito terá uma visita guiada, uma ação para crianças e uma mesa de debate.

Confira a programação a seguir.

11h e 14h: Visita mediada ao Pavilhão com a equipe da Bienal
Intervenção e preservação: o pavilhão como suporte de obras site-specific nas Bienais de São Paulo
Na visita mediada, realizada pela equipe de Educação da Bienal, será explorada a tendência da arte contemporânea de obras feitas para espaços específicos e sua relação com o Pavilhão da Bienal, além de resgatar histórias de funcionários da Bienal sobre os bastidores e personagens que habitaram o edifício, revelando algumas das especificidades das relações materiais e imateriais que acontecem aqui.

Continua após a publicidade

13h30 – 15h30: Ação para crianças com Caravana Lúdica com jogos do mundo
Caravana Lúdica apresenta ao público jogos de diferentes épocas e partes do mundo feitos em madeira reciclável, tecido, tinta e pirógrafo. Crianças, adultos e idosos podem se divertir com jogos africanos, europeus, asiáticos e ameríndios, que colaboram para o desenvolvimento cognitivo e social humano, criando um espaço para a troca de experiências entre diferentes gerações e grupos sociais. Os jogos são indicados a todas as idades acima de sete anos e duram um tempo médio de dez minutos por partida.

16h30: Conversa com Benjamin Seroussi, Graziela Kunsch e Luiz Fernando de Almeida
A complexidade do processo para a substituição das escadas rolantes do Pavilhão Ciccillo Matarazzo instigou a Fundação Bienal a promover uma discussão sobre como decisões acerca do restauro de locais históricos são impactadas pelas vivências nesses territórios. O debate contará com a participação do curador, editor e gestor cultural Benjamin Seroussi, da artista e educadora Graziela Kunsch e do ex-presidente do IPHAN e fundador do Instituto Pedra Luiz Fernando de Almeida, agentes envolvidos no recente restauro crítico da Vila Itororó, em São Paulo, e em ações desenvolvidas nesse espaço. Outro disparador da conversa é uma cadeira da Vila Itororó deixada sob a guarda da Fundação Bienal pela artista Eleonora Fabião após a realização de seu trabalho nós aqui, entre o céu e a terra (2021), na 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto, objeto que representa as relações materiais e imateriais que perpassam as instituições culturais, os patrimônios históricos e seus públicos.

10h – 18h: Circulação livre pelo Pavilhão
Última entrada às 17h30.

Continua após a publicidade

Serviço

Pavilhão Aberto 2022
Encontro 4: O lugar do restauro, o território da arte
Quando: sábado (5), das 10h às 18h
Onde: Pavilhão da Bienal do Ibirapuera
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Moema, São Paulo
Não é necessário realizar inscrição.
Entrada gratuita.

+ Assine a Vejinha a partir de 9,90.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.