Não fazer nada, com Mariana Nahas
A mentora de desenvolvimento humano faz um convite à pausa: "A vida não é para ser pesada"
Ficar parado sem fazer nada, mesmo que só por alguns instantes, já é um desafio para você? Se a resposta for “sim”, saiba que você não está sozinho. “O cérebro é programado para buscar e a nossa cultura entende que as pessoas boas são as produtivas, as que estão sempre em movimento, as fazedoras”, afirma Mariana Nahas. Convidada de Helena Galante para o episódio #95 do podcast Jornada da Calma, a mentora de desenvolvimento humano, expansão da consciência e espiritualidade sugere uma quebra com essa obsessão pela atividade. “A vida não é para ser pesada, por isso a não permissão da pausa está totalmente desalinhada com a natureza da existência”, conta Mariana.
Nessa brecha da não-ação, a ideia é se reconectar. “O ser humano foi se desconectando da sua natureza, daquele fio que nos coloca em conexão com a natureza, o fluxo, a vida em si.” Ela conta do seu processo de autoconhecimento, do insight que a fez perceber quanta culpa sentia por não ser feliz e da percepção da não-dualidade da vida. “Nem tudo o que parece, é. Nossa alma é a unidade com Deus e com tudo o que há, mas a gente vive através da perspectiva da mente, responsável pela dualidade”, diz Mariana Nahas. Para sair dessa perspectiva mental na qual a felicidade é efêmera como a chama de um palito de fósforo, o caminho começa por descobrir quem nós somos: “Entendi que eu não sou a minha mente, não me identifico com meus pensamentos”.