O ator José Wilker, de 69 anos, morreu na madrugada deste sábado (5). Segundo comunicado oficial da Rede Globo, ele sofreu um infarto em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Wilker deixa duas filhas: Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a também atriz Mônica Torres. O velório aberto ao público ocorre no Teatro Ipanema desde às 22h e só deve terminar às 15h de domingo (6). O corpo de Wilker será cremado no Memorial do Carmo, às 18h.
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A notícia da morte de Wilker chocou amigos e colegas. O dramaturgo Aguinaldo Silva publicou três mensagens em seu Twitter nesta manhã. “Fizemos dezenas de trabalhos juntos. Era jovem demais pra morrer! Sem José Wilker ficamos menores e mais pobres”, diz uma delas. O jornalista Rafael Cortez também se manifestou na rede social: “Dia triste pra arte brasileira. Ele era produtivo, empreendedor, raçudo e talentoso. Uma tremenda perda. Força à família”.
Nascido em Juazeiro do Norte, começou a carreira como locutor de rádio ainda no Ceará. Aos dezenove anos, ele se mudou para o Rio de Janeiro para estudar sociologia, mas abandonou o curso para se dedicar ao teatro. Em 1971, fez sua estreia na televisão em Bandeira Dois. Ele participou de quase trinta novelas, sendo seu primeiro papel de protagonista na primeira filmagem de Gabriela, quatro anos depois. Em 2012, ele viria a regravar a novela.
Diversas atuações brilhantes marcaram a carreira do ator na TV. São exemplos o jovem Rodrigo, da primeira versão de Anjo Mau (1976) e o divertido Giovanni Improtta, de Senhora do Destino (2004), que lançou bordões como “felomenal” e ganhou um longa só dele no ano passado, dirigido e estrelado por Wilker. Em 1985, viveu Roque Santeiro, personagem central da trama homônima de Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Wilker também mostrou talento nas minisséries Anos Rebeldes (1992) e “JK‘ (2006), quando deu vida ao presidente da República, Juscelino Kubitscheck. Seu último trabalho foi como o médico Herbert, em Amor à Vida (2013).
Apaixonado por cinema, Wilker participou de filmes como Bye, Bye Brasil, em 1979, e O Homem da Capa Preta, em 1985. Ele atuou ainda como comentarista da premiação do Oscar para a Rede Globo, além de registrar suas críticas nos canais por assinatura Telecine e Globosat.