Fábio de Melo é criticado por apoiar arcebispo acusado de abuso sexual
Público também manifestou descontentamento com padre Marcelo Rossi; Dom Alberto Taveira Corrêa nega que tenha cometido os crimes
O padre Fábio de Melo demonstrou solidariedade ao arcebispo Dom Alberto Taveira Corrêa, de Belém, que atualmente responde à acusações de abuso sexual. Reportagem do Fantástico do último domingo (3) reproduziu o vídeo de Fábio apoiando o superior e o público cobrou explicações.
“Dom Alberto já me amparou muitas vezes. Eu gostaria que as minhas orações e o meu carinho fizessem o mesmo por ele neste momento”, afirma o padre no vídeo. Outro a manifestar apoio ao acusado foi o padre Marcelo Rossi.
Marcelo Rossi e Fábio de Melo prestando solidariedade a Dom Alberto e em nenhum momento se prestam a ver a dor das vítimas. A Igreja Católica continua fazendo o q sempre fez: acobertar seus assediadores e desamparar crianças e adolescentes vítimas dessa podridão! #Fantastico
— Suavemente recolhida… (@suavementereco) January 4, 2021
Mais pessoas nas redes sociais reprovaram a atitude de Fábio de Melo.
Passada que o padre Fábio de Melo defendeu o arcebispo pedófilo, eu inocente como sou, sempre imaginei que ele era um amorzinho e do bem, não se pode confiar em ninguém mesmo #Fantástico
— gi ||📖 𝔠𝔬𝔯𝔯𝔢𝔫𝔡𝔬 𝔠𝔬𝔪 𝔬𝔰 𝔩𝔬𝔟𝔬𝔰 (@gistark8) January 4, 2021
Padre Fábio de Melo e Padre Marcelo Rossi dando apoio pro bispo abusador. Tá vendo por que que padre não tem que ser famoso? Tudo farinha do mesmo saco.
— Renan Guerra (@_renanguerra) January 4, 2021
Queria só deixar claro aqui pra vcs que o padre ícone da juventude (Fábio de Melo) tá defendendo abertamente um arcebispo acusado de abuso sexual por 4 adolescentes (15 e 18 anos)
Como é linda a igreja😍— X-princesa (@rafaell_buenno) January 4, 2021
Os padres Marcelo Rossi e Fabio de Melo saíram em defesa do arcebispo Dom Alberto, acusado de abuso sexual. Nojo.
— Nataly Simões (@anatalysimoes) January 4, 2021
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Arcebispo e escândalo
Dom Alberto Taveira Côrrea é acusado por quatro ex-seminaristas de usar sua autoridade para cometer abusos sexuais. Os supostos crimes são alvos de inquérito aberto pela Polícia Civil a pedido do Ministério Público do Pará. O caso também é investigado pelo Vaticano.
De acordo com relatos feitos pelas quatro supostas vítimas ao Fantástico, os abusos aconteciam na casa do arcebispo. Ele convidava os seminaristas para visitá-lo e se aproveitava do momento.
Em um dos depoimentos, um dos ex-seminaristas contou que, quando foi tocado na parte íntima, Côrrea disse que “aquilo ali era normal, coisa do homem”. “Mas, assim, eu não via maldade, porque confiei muito, por ele ser uma autoridade, também não tinha experiência. Mas aquilo foi se tornando já permanente e já mais agressivo. Ele já me recebia na porta e já ia logo pegando”, relata.
O advogado do arcebispo, Roberto Lauria, afirmou que o líder religioso ainda não foi ouvido pelas autoridades, mas que “está à disposição”. “Nós vamos provar ao final desse inquérito que, diferentemente do que se pensa, os denunciantes não são quatro pessoas isoladas. São um grupo de pessoas que têm um profundo recalque, um profundo sentimento de vingança por Dom Alberto”, diz Lauria.
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