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Quais vão ser as novas regras para receber os amigos no pós-quarentena

Álcool em gel sempre por perto, sapatilha de tecido e distância na hora de comer são dicas de infectologista e especialista em etiqueta para ter visitas

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 jun 2020, 08h31 - Publicado em 19 jun 2020, 06h00
Especialistas dão dicas de como devem ser feitas as reuniões em casa (Daniel Almeida/Veja SP)
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O isolamento social ainda é a recomendação vigente, mas no futuro (próximo?) será possível reunir os nossos amigos em casa. Pelo menos alguns deles. Esses encontros vão passar por reformulações e alguns hábitos terão de ser adaptados, é claro. “Não há motivo para desespero, as mudanças não são drásticas e só vão mostrar quanto a gente se preocupa com o próximo”, diz Claudia Matarazzo, especialista em etiqueta corporativa. “É importante ter em mente que o risco do contágio vai existir, mas com pequenas ações podemos reduzi-lo quando começar a flexibilização”, afirma a infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês.

PONTO DE PARTIDA: QUEM VEM?

Escolha os poucos e bons. É importante manter a reunião pequena, com até três casais. “e que esses amigos sejam fixos. Caso haja a contaminação, é possível identificar e controlar a disseminação”, diz Mirian. A lista de convidados vai além dos anos de amizade e histórias compartilhadas. Os integrantes não devem estar no grupo de risco, não devem apresentar sintomas (mesmo que leves) e precisam estar também em isolamento. Selecione bem para não se arrepender depois.

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(Ilustração: Daniel Almeida/Veja SP)

JUNTOS, MAS DISTANTES

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Os amigos estão perto, mas a regra de manter o distanciamento de 1,5 metro continua mesmo dentro de casa. Quanto mais próximo, maior a chance de contaminação. Três pessoas em um sofá de três lugares, encostando cotovelos, esquece, ficou no passado pré-pandemia. Difícil? Espalhe bancos e cadeiras e tente ficar o mais longe possível. Esse espaçamento vale na hora do jantar, à mesa. “Onde caberiam oito pessoas, reduza para seis e não ligue se precisar abrir mais uma mesinha”, orienta a especialista em etiqueta. Nas retangulares, aproveite as cabeceiras. Para manter cada um no seu quadrado, coloque prismas com o nome dos convidados, pois criam essa linha imaginária. “Faça com bom humor e inclua apelidos ou piadinhas internas, como ‘a melhor mãe do mundo’’, afirma Claudia.

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(Ilustrações: Daniel Almeida/Veja SP)

ESTÁ QUENTE AQUI, NÃO?

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Dê preferência aos locais ao ar livre ou mais abertos, como a varanda. Não tem uma? Deixe todas as janelas abertas, para que o ar circule. “É importante ter ventilação constante”, diz Mirian.

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(Ilustrações: Daniel Almeida/Veja SP)

FESTA DE MÁSCARAS

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Item incorporado ao look, fica a pergunta de mantê-lo ou não durante o encontro. A melhor indicação é retirar a máscara em vez de ficar manuseando entre um petisco e um golinho do drinque. “Vai muito do combinado entre anfitrião e convidado. Mas, se for para mantê-la, não demore a servir a refeição, assim ninguém vai ficar com muita fome”, diz Claudia. Ofereça também saquinhos para elas serem guardadas.

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(Desenhos: Daniel Almeida/Veja SP)

PRESENTE, SÓ DEPOIS

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Não é desmerecimento se o anfitrião deixar para abrir o pacote da lembrancinha depois. Ela deve ser posta em um canto para ser higienizada. O mesmo vale para as garrafas de vinho, cerveja e outras bebidas antes de entrar na roda para ser servidas.

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(Desenhos: Daniel Almeida/Veja SP)

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Publicado em VEJA SÃO PAULO de 24 de junho de 2020, edição nº 2692. 

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