Como é ir a um camarote na Sapucaí? Saiba mais sobre o Folia Tropical

A reportagem da Vejinha viajou ao Rio de Janeiro e conta como foi a experiência no Carnaval 2025 de dentro do sambódromo

Por Tomás Novaes
7 mar 2025, 17h14
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O Camarote Folia Tropical: destaque da Sapucaí (Folia Tropical/Divulgação)
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Os festejos do Carnaval 2025 estão chegando ao fim, e, se você nunca conferiu os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro de pertinho — ou pensa em voltar no próximo ano —, a Vejinha conta como foi a experiência no camarote Folia Tropical, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

A reportagem da revista viajou à capital carioca e esteve presente nos desfiles de domingo (2) e segunda-feira (3), no espaço localizado no Setor 8 Especial.

Criado por Newton Mendonça e Agnes Nilsson, ao lado do filho Mickael Noah, o camarote de três pavimentos e seis ambientes contou com uma experiência all-inclusive com cardápio assinado pela chef Andressa Cabral e shows de nomes como Criolo, Leci Brandão, Titãs, Os Garotin e Olodum.

O camarote Folia Tropical: entretenimento com impacto social
O camarote Folia Tropical: entretenimento com impacto social (Folia Tropical/Divulgação)

Os preparativos para a festa começam no credenciamento, que, neste ano, aconteceu no Clube Monte Líbano, no Leblon. Lá, o público pôde provar e escolher cores e tamanhos das suas camisetas do camarote. O local também foi um dos pontos de saída dos transfers para o sambódromo, além do Hotel Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca.

A frota de 68 vans e micro-ônibus garantiu saídas tranquilas, em horários flexíveis. Uma vez dentro do camarote, o espaço amplo ofereceu boa visibilidade para a avenida, com diferentes bares e estações de bebida espalhadas pelos andares.

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No segundo piso, o buffet tinha carnes, frutos do mar, massa, saladas e sobremesas, além de opções vegetarianas. No amanhecer, o espaço serviu café da manhã. E, no terceiro andar, um espaço zen, com massagens relaxantes, também estava incluso no pacote.

Além dos desfiles das escolas Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, Unidos do Viradouro e Estação Primeira Mangueira, o domingo (2) teve outro grande momento: a vitória do filme Ainda Estou Aqui (2024), de Walter Salles, no Oscar. Três atores do elenco, Humberto Carrão, Olívia Torres e Guilherme Silveira, estavam no camarote, que exibiu a premiação em um telão.

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Na segunda-feira (3), os destaques na avenida foram os desfiles das escolas Unidos da Tijuca, Acadêmicos do Salgueiro, Unidos de Vila Isabel e Beija-Flor de Nilópolis — que se sagrou campeã. No camarote, o show de Diogo Nogueira foi contagiante. O sambista ainda recebeu no palco a sua amada, Paolla Oliveira, em uma participação especialíssima.

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Os shows, que acontecem nos intervalos entre os desfiles, foram pontos altos da experiência. Em formato intimista, com boa acústica e grandes artistas no palco, as apresentações mantiveram o clima animado.

Na volta, os transfers pararam em diferentes pontos das praias de Ipanema e Copacabana, para facilitar o retorno dos foliões aos hotéis da Zona Sul. Apesar da (esperada) grande fila na saída após o final dos desfiles, no último horário, o retorno foi tranquilo e bem organizado.

Um camarote familiar

Com treze anos de trajetória, o Folia Tropical foi o primeiro supercamarote da Sapucaí a vender ingressos além de receber convidados VIP. “Atuamos como operadores de Carnaval há bastante tempo, e somos uma empresa familiar”, define Newton Mendonça, um dos fundadores.

A família reunida: Ton, Noah, Newton e Agnes
A família reunida: Ton, Noah, Newton e Agnes (Fernando Young/Divulgação)
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A história da família carioca com a Sapucaí começa ainda antes da criação do camarote. Na época um jovem casal de atletas da natação do Flamengo, Agnes e Newton buscaram outra forma de renda para criar os seus três filhos.

“Eles começaram a trabalhar com hotelaria, vendendo pacotes turísticos para os hotéis levarem turistas na Sapucaí. Vinte anos depois, a coisa foi crescendo, e, em 2013, a LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) nos comunicou que tinha um supercamarote disponível”, conta Noah.

Ao longo dos anos, o camarote também foi desenvolvendo o seu lado social. Às sextas-feiras que antecedem o desfile das escolas campeãs, acontece o projeto Folia dos Amigos do Ton, que recebe crianças em vulnerabilidade social no desfile das escolas de samba mirins.

“O Ton (filho caçula da família, que nasceu com a síndrome do cromossomo 20 em anel) sempre gostou de Carnaval, de música, e a gente trabalhando com isso, não teve jeito. Sexta-feira era um dia de pouca procura, então criamos o projeto. Hoje levamos de 800 a 1 000 pessoas”, explica Newton. 

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Em 2025, uma novidade foi o Prêmio Transformadores Sociais, que reconheceu iniciativas de impacto no Rio de Janeiro. O camarote também tem intérpretes de libras nos shows, rampas de acesso e plataformas elevatórias, mobiliário adaptado para pessoas com nanismo e monitores especializados para deficientes visuais. 

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