Coronavírus: delivery cresce e procura por álcool gel aumenta 435%
O aplicativo iFood vai destinar 1 milhão de reais a fundo que deve beneficiar entregadores
Com o aumento dos casos do novo coronavírus em São Paulo — o número de infectados chega a mais de 160 no estado —, os pedidos de delivery de comida e de produtos de supermercado e de farmácia cresceram. No dia 13, a última sexta, o Ministério da Saúde recomendou que a população evite aglomerações, e grandes eventos foram cancelados para diminuir a proliferação do vírus covid-19.
O iFood, a maior plataforma de entregas no país, informa que, na sexta (13) e no sábado (14), houve crescimento de 73% nos pedidos de produtos de padaria, congelados de pegada fit, sorvetes, açaí e tapioca. Esse cálculo foi feito comparando-se a demanda desses itens, sob o nome de “novas ocasiões”, com a das outras sextas e sábados de 2020.
Na linha de produtos de supermercado, a procura por materiais de limpeza e álcool gel teve crescimento de 435% em relação à semana passada. Peixes enlatados subiram em 91% nas buscas. O iFood faz a ressalva, porém, de que ainda é cedo para cravar que o incremento dos pedidos se deve à pandemia, já que as taxas são consolidadas mês a mês.
A plataforma de origem colombiana Rappi diz que, desde que se começou a falar sobre coronavírus, houve uma subida significativa no número de solicitações. Em São Paulo, a busca por produtos de farmácia, restaurante e supermercado aumentou cerca de 30%. O Uber Eats, outro player do setor, não divulgou os números.
As empresas informam que têm orientado os entregadores a trabalhar de forma segura. iFood, Uber Eats e Rappi não registraram, ainda, colaboradores com covid-19.
O iFood divulgou que vai destinar 1 milhão de reais a um fundo de solidariedade, gerido pela ONG Ação Cidadania, que deve beneficiar entregadores que venham a contrair o vírus e tenham de ficar em quarentena.