“Sou visto como um artista pop, mas tenho que ter liberdade”, diz Alok
Após disco com artistas indígenas em 2024, o DJ e produtor musical está lançando um novo projeto "mais experimental e underground"

O DJ Alok está em um novo momento da carreira. Após lançar um disco colaborativo com artistas indígenas, O Futuro É Ancestral (2024), ele lança em 2025 o projeto Something Else.
O primeiro trabalho sob o novo pseudônimo foi um remix da faixa Miçanga, do grupo BaianaSystem. Antes de se estabelecer no pop eletrônico, com apresentações grandiosas e pirotécnicas, o produtor musical goiano iniciou a carreira no psy trance.
Definido como “mais experimental e underground”, o projeto paralelo nasce com o intuito de ampliar a sonoridade do DJ, também trazendo mais raízes brasileiras.
“O Something Else vem exatamente desse lugar de que, quando as pessoas pensam no Alok, pensam naquele artista mais pop. Acabou sendo isso, porque ficou grande assim. Mas eu tenho que ter a liberdade de fazer um projeto com os indígenas, ou com o BaianaSystem, mesmo que não seja uma pegada mercadológica internacional”, disse o artista, antes de subir no palco do Festival de Verão, em Salvador, neste sábado (25).
Seu álbum inspirado na Amazônia chegou a receber uma indicação ao Grammy Latino, pela faixa Pedju Kunumigwe. “Foi um chamado que eu recebi. Depois que você tem consciência sobre alguma coisa, não tem como você negar aquilo. Embarcamos em uma jornada, foi ficando grande, e de repente estávamos no Grammy”, conta.