O Som ao Redor não é um filme para concorrer ao Oscar
Posso estar enganado, mas a indicação de O Som ao Redor para concorrer a uma vaga no Oscar 2014 de melhor filme estrangeiro, será mais um tiro no pé do Brasil. Concordo que, neste ano, não tivemos um bom candidato à altura da premiação. Talvez eu votasse em Faroeste Caboclo, que eu acho, até agora, […]
Posso estar enganado, mas a indicação de O Som ao Redor para concorrer a uma vaga no Oscar 2014 de melhor filme estrangeiro, será mais um tiro no pé do Brasil. Concordo que, neste ano, não tivemos um bom candidato à altura da premiação. Talvez eu votasse em Faroeste Caboclo, que eu acho, até agora, o filme mais “redondo” do ano, além de tecnicamente atraente.
Eu não gosto de O Som ao Redor. Já fui até criticado por críticos quando o longa-metragem de Kleber Mendonça foi lançado no início de 2013. Não vejo qualidades superlativas, sobretudo para quem é de fora do Brasil. É bem provável que a comissão julgadora tenha ficado impressionada porque O Som ao Redor foi incluído na lista de um crítico do jornal The New York Times como um dos melhores de 2012. Foi aí que começou todo o burburinho em torno dele.
Eu até gosto de parte do registro que o diretor faz de sua cidade, Recife, mostrando personagens de várias classes sociais convivendo num mesmo bairro. Seu acabamento, porém, tem falhas. Dois ótimos atores (Irandhir Santos e W.J. Solha) ficam perdidos contracenando com outros tantos despreparados. As situações se arrastam e são inconclusivas, e o desfecho, tão surpreendente para a maioria, me deixou com uma sensação de déjà-vu. Enfim, achei a escolha infeliz. Mas espero estar errado e ver o Brasil entre os cinco finalistas.
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