Justiça expede condução coercitiva para John Neschling
Após ser demitido por uma carta enviada em seu apartamento em Higienópolis, na manhã desta quarta-feira (14) John Neschling recebeu uma nova visita. Um oficial de Justiça foi até a sua residência para cumprir uma medida de condução coercitiva – levá-lo para depor na Câmara Municipal, onde uma CPI investiga os desvios de dinheiro do […]
Após ser demitido por uma carta enviada em seu apartamento em Higienópolis, na manhã desta quarta-feira (14) John Neschling recebeu uma nova visita. Um oficial de Justiça foi até a sua residência para cumprir uma medida de condução coercitiva – levá-lo para depor na Câmara Municipal, onde uma CPI investiga os desvios de dinheiro do Teatro Municipal. A assessoria da casa afirma que o maestro foi levado pelo oficial, já Neschling diz ter aceitado comparecer sem precisar ser conduzido em carro oficial.
A Justiça expediu a condução porque ele deixou de comparecer a uma acareação com dois réus confessos do caso, José Luiz Herencia e William Nacked. Pelo menos 15 milhões de reais foram roubados do maior teatro da cidade.
Durante a sessão, o maestro não respondeu a nenhum dos questionamentos feitos pelos vereadores da comissão. Em seu lugar, respondeu Herencia, um dos delatores no esquema de corrupção. Agora, o presidente da CPI, Quito Formiga, quer prorrogar a reunião do colegiado, cuja data de vencimento está marcada para 5 de outubro. “Precisamos de mais 50 dias para ouvir outros envolvidos e continuar a colaborar com o Ministério Público”, afirma o vereador do PSDB. Para isso, é necessária a aprovação de 28, dos 55 parlamentares da Casa. “O problema é que muita gente não quer que continuemos a investigar esses desmandos”, desabafa.