Ator de Kelvin em ‘Terra e Paixão’ lança clipe como drag queen
Após sucesso na novela das nove, paulista alavanca a carreira musical em versão de diva performer
![Moço branco olha para cima apoiado nos braços e em apoio de cadeira de couro. Veste também jaqueta de couro claro.](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/02/IMG_8249.jpg?quality=70&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
“Sou um pouco cruel comigo mesmo”, reflete Diego Martins, 26, ao avaliar suas próprias atuações. Mas não há autocrítica que apague a repercussão de seu papel como Kelvin na novela das 9 recém-encerrada na Globo, Terra e Paixão: o desempenho foi um sucesso.
Ao fazer par com Ramiro, interpretado por Amaury Lorenzo, o ator paulista fisgou cada vez mais fãs e seguidores e agora planeja desfrutar de toda a atenção em novos trabalhos.
“Quando comecei a entender minha persona performer, já chegava mais cedo a musicais para experimentar as perucas das meninas… Até ir comprar a minha.” Daí nasceu sua versão drag queen, que acaba de lançar clipe da música Te Esquecer e prepara novo EP para este semestre.
“Essa é uma realização da criança gay que fui, a que usava salto alto da minha mãe.”
![Diego-Martins-Crédito-Catharina-Paiva-Divulgação.jpeg Homem branco em versão drag queen com peruca loura, blusinha marrom e colares dourados](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/02/Diego-Martins-Credito-Catharina-Paiva-Divulgacao.jpeg-1.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Na televisão, o desabrochar entre seu personagem e o parceiro foi bem mais lento que o de casais gays da vida real — a demora de meses para o primeiro beijo beirava o mistério de um romance do século XIX.
“Ainda existe um preconceito acerca desse assunto na teledramaturgia brasileira e vivemos em um país extremo nas suas opiniões. Eu entendia isso, apesar de não aprovar, porque já está na hora de ultrapassarmos esse limite. Mas foi importante ir devagar para que o beijo tivesse 45 segundos sem corte, de língua e com foco. Sem ficar com penumbra.”
Publicado em VEJA São Paulo de 2 de fevereiro de 2024, edição nº 2878