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Após delação premiada, John Neschling será investigado pela promotoria estadual

Ex-diretor financeiro do Teatro Municipal, José Luiz Herencia confessou desvios de dinheiro que surrupiaram até 20 milhões de reais dos cofres públicos. Para amenizar sua punição, acertou uma delação premiada com o promotor Arthur Lemos Jr. e comprometeu-se a devolver cerca de 5 milhões de reais. Seus depoimentos reúnem acusações contra John Neschling, diretor artístico do Municipal, e Valentin Proczynski, agente cultural argentino cuja empresa fica sediada em Mônaco. + […]

Por João Batista Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 12h45 - Publicado em 25 mar 2016, 00h55
SÃO PAULO, SP, BRASIL, 04-07-2013, 19h00: O maestro e diretor do Municipal John Neschlingm, antes da apresentação do Balé da Cidade de São Paulo, no Teatro Municipal, em São Paulo (SP), que celebra os 100 anos de "A Sagração da Primavera", em que foi cenógrafa e figurinista da montagem. (Foto: Zé Carlos Barretta/Folhapress MÔNICA BERGAMO) (/)
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BALE DA CIDADE DE  SAO PAULO

Neschling: parceria sob suspeita com empresário (Foto: Zé Carlos Barrettta/Folhapress)

Ex-diretor financeiro do Teatro Municipal, José Luiz Herencia confessou desvios de dinheiro que surrupiaram até 20 milhões de reais dos cofres públicos. Para amenizar sua punição, acertou uma delação premiada com o promotor Arthur Lemos Jr. e comprometeu-se a devolver cerca de 5 milhões de reais. Seus depoimentos reúnem acusações contra John Neschling, diretor artístico do Municipal, e Valentin Proczynski, agente cultural argentino cuja empresa fica sediada em Mônaco.

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+ Teatro Municipal atrasa pagamento de artistas

Proczynski é um dos empresários de Neschling no exterior — vende regências do maestro em teatros da Europa. Segundo Herencia, Neschling privilegiaria a contratação do colega de trabalho em montagens no Municipal em troca de mais apresentações fora do Brasil. Proczynski organizou por aqui concertos que, somados, ultrapassaram 6 milhões de reais em gastos de produção.

+ Os bastidores da crise de corrupção no Teatro Municipal

Um deles, batizado de Alma Brasileira, custou 1,2 milhão de reais — mas nem sequer foi executado. “As acusações são falsas, e a delação não passa de uma vingança pessoal”, afirma Eduardo Carnelós, advogado de Neschling. Foi o maestro quem procurou o prefeito Fernando Haddad, em setembro de 2015, para fazer denúncias quanto à gestão do Municipal, quando então começaram as investigações.

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