Alok prepara novo álbum inspirado em viagem a povos indígenas no Acre
Em entrevista à coluna, o artista relembra a aventura vivida há sete anos na Região Norte do país
“Esta semana está um corre louco, nem consegui ver meu filho”, desabafa Alok durante os poucos minutos que tinha reservado para falar com a Vejinha. Além de estrear como parceiro de negócios na Black Princess House, bar temporário com espaço para shows no Largo da Batata, o DJ prepara seu primeiro álbum autoral, inspirado nos cantos indígenas e em uma viagem feita há sete anos na Região Norte do país.
“Demorei treze horas para chegar ao Rio Gregório e pegar um barquinho porque a estrada estava fechada por manifestações indígenas. Foi o primeiro tapa na minha cara: eles tiveram a casa deles cortada ao meio por uma BR, uma criança tinha sido atropelada, estavam sem energia e sem conseguir caçar porque os carros expulsam todo o ecossistema”, relembra. “Aquilo foi um game changer (divisor de águas) na minha vida.”
No fim do ano passado, o artista passou dias difíceis durante o parto prematuro da filha, após sua esposa apresentar complicações por causa da Covid-19. “Passei a dar valor para o agora e a ser grato à vida. Tem momentos em que sinto um burnout com tantos projetos, mas ainda quero botar o pé no freio.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 13 de outubro de 2021, edição nº 2759